O ex-jogador Cafú é um ídolo para muitos brasileiros, principalmente aqueles que acompanharam o período do pentacampeonato da seleção em 2002. Acusado de ter envolvimento com uma pirâmide financeira nos últimos dias, Cafú nega participação na possível fraude.
O Juiz Aureliano Albuquerque Amorim pediu bloqueio do site da empresa, ArbCrypto, e bloqueio de imóveis mais uma quantia de R$3 milhões dos sócios Alexandre Cesario Kwok e Eneas Tomaz, responsáveis pelo esquema acusado de pirâmide.
Em nota, Cafú avisa que apenas possuiu uma relação de imagem com a empresa ArbCrypto. Desde 2019, contudo, Cafú havia sido visto em eventos da possível pirâmide. O ex-atleta foi citado em uma ação coletiva, feita por investidores contra a empresa.
Cafú nega participação em pirâmide financeira, avisando que seu contrato previa apenas uso de imagem
De acordo com o portal de notícias G1 de Goiás, o ex-jogador Cafú se posicionou sobre o recente rumor que movimentou o Brasil. Considerado por muitos um dos maiores capitães da história da seleção brasileira de futebol, foi associado a uma empresa com reputação duvidosa.
O ex-jogador era o embaixador oficial da ArbCrypto quando a, agora suspeita de operar uma pirâmide financeira, ainda atuava na captação de clientes. Em um processo que corre no Tribunal de Justiça de Goiás, Cafú teve decisão judicial que bloqueia seus bens.
Contudo, para esclarecer o fato, Cafú enviou nota para o portal G1 Goiás, afirmando que não participava da Arbcrypto. Em seu contrato com a empresa, apenas sua imagem poderia ser utilizada.
“Cafú foi contratado apenas e tão somente para o uso de sua imagem, possuindo contrato próprio e exclusivo para este fim, sendo completamente descabida tal acusação”, afirma a defesa do ex-jogador.
Além disso, Cafú afirma que houve atraso em seu pagamento pelo direito de imagem. Dessa forma, o contrato com a Arbcrypto foi encerrado ainda em outubro de 2019. O ex-jogador na ocasião passou a proibir a empresa de usar sua imagem publicamente.
Por fim, Cafú afirmou ao G1 em nota que se “solidariza com as outras vítimas e lamenta profundamente o ocorrido“. Analisando a nota, Cafú também se considera uma vítima da ArbCrypto.
Problemas da ArbCrypto começaram no fim de 2019
Ainda com Cafú negando participação, foi incluído no processo coletivo aberto pela IBEDEC – Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo. Neste ponto, seus bens foram congelados e o ex-jogador terá que dar esclarecimentos aos clientes da empresa.
Foi pedido que R$ 3 milhões de Cafú e dois sócios da empresa fossem congelados. A empresa ArbCrypto ainda ficou determinada a encerrar suas atividades imediatamente, assim como deve retirar seu site da internet.
É estimado que mais que 20 mil pessoas tenham investido na ArbCrypto, que captou investidores em todo o Brasil. No Reclame Aqui, cerca de 40 reclamações já foram registradas, a maior parte alertando sobre problemas em saques.
A reportagem do Livecoins tentou acessar o site da ArbCrypto, que deu indisponível, ou seja, a empresa pode ter acatado a decisão judicial. Em um grupo público no Facebook, mais que 2 mil clientes buscam informações sobre a empresa.