O Banco Central do Brasil liderou a trilha de finanças do G20, com a participação de 19 autoridades, falando sobre Drex, inovações e muito mais. Com os eventos na última semana de julho de 2024, no Rio de Janeiro, o BCB recebeu presidentes e vice-presidentes das principais potências mundiais. O Ministério da Fazenda no Brasil também participou dos eventos.
Na última sexta-feira (9), o BCB divulgou uma nota sobre os encontros, afirmando que “as reuniões resultaram na aprovação de um comunicado de doze páginas com oito temas“.
Entre os temas estão assuntos como economia global e os desafios atuais; desenvolvimento sustentável; reformas de bancos multilaterais de desenvolvimento; vulnerabilidades fiscais; questões do setor financeiro; e inclusão financeira.
“Como já temos um consenso sobre a maioria das questões, podemos começar deste ponto nas próximas reuniões e encontrar formas de avançarmos ainda mais naquilo com o que já concordamos“, frisou Roberto Campos Neto, Presidente do BC, no encerramento da última sessão ministerial.
Campos Neto defende no G20 integração para pagamentos transfronteiriços
O BC está à frente na implementação de reformas estruturais através da Agenda BC, que engloba iniciativas como o Pix, a internacionalização do real, o Open Finance e o desenvolvimento do Drex, a moeda digital brasileira.
E as iniciativas pretendem aumentar a inclusão financeira, eficiência e transparência. No entanto, ainda existem desafios como a governança e a harmonização de regras internacionais que precisam ser superados para a integração dos sistemas de pagamento internacionais.
Na reunião, Campos Neto destacou que o G20 desempenha um papel crucial nesse processo, e o Brasil está aproveitando sua presidência para promover essas discussões.
“Os países hoje têm regras diferentes, por exemplo, para tributação e prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Precisamos estabelecer uma taxonomia com um conjunto mínimo de regras para os pagamentos transfronteiriços. Além disso, é importante promover condições de concorrência equitativas. Qualquer jurisdição que queira participar terá que aderir a esse conjunto de regras“, ressaltou Campos Neto.
Vale o destaque que o Drex tem avançado como um meio de pagamento digital no Brasil, devendo a nova moeda digital chegar até 2025. Em formato CBDC, o Drex pretende unir-se ao Pix, ao Open Finance, e criar um sistema bancário e financeiro mais completo.
Contudo, como uma solução nacional, o Drex tem o problema justamente de conversar com outras moedas nacionais, e por isso Campos Neto pediu padrões aos membros do G20, que poderiam facilitar futuras integrações internacionais.