Deputado Federal Vinicius Poit NOVO - SP. Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados.
A Globo promoveu em todo Brasil um debate com candidatos a governador pelos estados e, em São Paulo, Vinicius Poit, que concorre pelo Partido Novo nas eleições de 2022, defendeu o uso da tecnologia blockchain para rastrear emendas.
Ele já havia defendido nos dias anteriores essa ideia para ser utilizada pelo estado de São Paulo e muitos haviam criticado sua ideia.
Utilizada principalmente para validar as transações do bitcoin, a tecnologia blockchain tem sido associada a inúmeras inovações nos últimos anos, que chamam atenção tanto no setor público quanto privado.
Considerada uma tecnologia excelente para gestão de dados, essa inspirou o surgimento da Rede Blockchain Brasil, que é uma iniciativa do TCU com BNDES para tentar eliminar a corrupção em contratos públicos.
Alçada ao status de ser o protocolo da confiança, a tecnologia blockchain é associada a várias iniciativas de inovação pelo mundo que podem facilitar e desburocratizar o acesso a informações.
Isso porque, como os dados registrados em blockchain são imutáveis e transparentes, qualquer solução que utilize essa tem, em teoria, lastro tecnológico nas informações gravadas de forma distribuída.
Assim, o candidato ao Governo de São Paulo, Vinicius Poit, destacou em um debate na última terça-feira (27) que irá utilizar a blockchain para rastrear as emendas que são encaminhadas ao governo, dando transparência a todo o processo.
Nos últimos dias, em um debate promovido pelo Estadão, o candidato já havia dito que com a blockchain não se teria mais emendas secretas. Assim, utilizar emendas para comprar votos seria impossível, na visão do candidato.
Ainda que os presidenciáveis do Brasil não conheçam e nem apoiem o bitcoin e demais criptomoedas, muitos mostram que confiam na blockchain.
O atual presidente, Jair Bolsonaro (PL-RJ), foi um que colocou a blockchain em seu material de campanha registrado no TSE.
Mas a fala do candidato pelo Novo no debate da Globo acabou levando muitas críticas nas redes sociais, como pela jornalista Vera Magalhães, que disse que o termo é muito técnico para ser apresentado ao público.
Outros criticaram que ao citar a blockchain, Poit não sabia do que estava falando, e apenas tentava convencer empresários de tecnologia de que ele entende de inovações.
Contudo, chama atenção que a blockchain, tecnologia base das criptomoedas, é um dos destaques das eleições de 2022 e segue ganhando espaço no debate público.
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