Carteira de criptomoedas é hackeada “em menos de 1 segundo” e coloca segurança dos investidores em xeque

O processo utilizado pela Unciphered é bem semelhante ao trabalho de Joe Grand ao hackear uma carteira de hardware da Trezor após seu dono ter perdido seu PIN, travando R$ 10 milhões em criptomoedas na mesma. A grande diferença, no entanto, foi o tempo entre os dois hacks.

Em vídeo publicado na tarde desta quinta-feira (9), a empresa de segurança cibernética Unciphered mostra como hackeou uma carteira física de criptomoedas “em menos de um segundo”.

A carteira em questão é uma OneKey Mini, um dispositivo de 58 dólares (R$ 300, em conversão direta, que afirma ser de “código aberto e confiado por milhões” de pessoas.

O processo utilizado pela Unciphered é bem semelhante ao trabalho de Joe Grand ao hackear uma carteira de hardware da Trezor após seu dono ter perdido seu PIN, travando R$ 10 milhões em criptomoedas na mesma. A grande diferença, no entanto, foi o tempo entre os dois hacks.

Carteira de hardware hackeada em menos de 1 segundo

Em suma, carteiras de hardware são consideradas as opções mais seguras para o armazenamento de criptomoedas. O principal motivo é o ambiente controlado das mesmas, ou seja, há uma grande proteção contra malwares e outras vulnerabilidades encontradas em computadores.

No entanto, a equipe da Unciphered conseguiu quebrar a segurança de uma dessas carteiras em um tempo considerado absurdo.

“Hoje a OneKey é uma das maiores produtoras de carteiras de hardware e nós encontramos uma maneira de invadir essa carteira em um segundo.”

Na sequência, o especialista afirma que essa é uma “vulnerabilidade crítica”, mas aponta que a própria OneKey já demonstrou interesse em trabalhar com eles para corrigir a falha.

Indo para o hack em si, a Unciphered mostra como ligou a carteira em um FPGA, interferindo na comunicação da mesma e então comunicando o dispositivo a um notebook.

“Bam! Extraímos a [frase] mnemônica e contornamos o PIN da OneKey em menos de um segundo.”

Com a frase mnemônica — ou seja, o jogo de 12 palavras — em mãos, o hacker então tem acesso a todas as criptomoedas que estavam armazenadas na carteira. Conforme este foi um experimento de segurança, obviamente nenhuma criptomoeda foi roubada, mas deixa usuários preocupados.

Hacks presenciais começam a preocupar a comunidade

Como visto acima, o hacker precisaria estar em posse da carteira de hardware para executar tal ataque. Ou seja, ainda que tal carteira tenha essa vulnerabilidade, seria impossível explorá-la por outro meio.

Dado isso, hacks presenciais estão se tornando uma nova tendência e exigem cuidados.

Como exemplo, nesta quarta-feira (8), o Livecoins reportou o caso de um empreendedor que perdeu R$ 20 milhões em criptomoedas após encontrar-se com golpistas em um hotel. Neste caso específico, não se tratava de uma carteira de hardware, mas sim uma carteira convencional.

Portanto, independente do método utilizado para armazenar criptomoedas, o fator humano ainda é uma grande vulnerabilidade.

Exemplos do tipo vão além. No ano passado, desenvolvedores da Ronin caíram em um falso anúncio de emprego no LinkedIn, levando a criptomoeda a sofrer um dos maiores hacks da história, de R$ 3 bilhões.

Por fim, a OneKey, fabricante da carteira de hardware hackeada pela Unciphered, não soltou nenhuma nota sobre a falha de segurança em seus equipamentos até o fechamento desta reportagem.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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