A Casa da Moeda tem sido envolvida em uma série de acusações nos últimos dias, e se defende de atuar contra seus fornecedores.
O caso tomou grandes proporções após o Ministério Público Federal tomar conhecimento do caso. Com isso, pediu que a Polícia Federal investigue a Casa da Moeda, segundo o G1.
Isso porque, a Casa da Moeda, órgão público que imprime dinheiro no Brasil, teria cometido uma fraude. A fraude poderia ter impacto na impressão das novas notas de R$ 200, que começaram a circular recentemente.
Em nota, a instituição nega qualquer problema e se coloca como segura e confiável.
Casa da Moeda se defende de acusações sobre falsificação que pode impactar em nova cédula de R$ 200
Recentemente, o Banco Central do Brasil comunicou aos brasileiros que estaria produzindo uma nova cédula. Com a imagem de um lobo-guará, chegou então a nota de R$ 200 no país.
Desde sua chegada de fato houve preocupações com a necessidade da cédula, pois o dinheiro digital tem ganhado espaço. Mesmo assim, o BC justificou que a população prefere o dinheiro em espécie na pandemia.
Entidade credenciada para fazer a impressão é a Casa da Moeda, órgão público federal. Para fazer essa impressão, a empresa depende de fornecedores, sendo um deles a SICPA, com sede na Suíça.
Essa empresa no Brasil é representada pela Ceptis e tem enviado tinta para a Casa da Moeda há quatro décadas. Contudo, afirma que a Casa da Moeda tem enviado amostras de sua tinta para uma concorrente.
A Sellerink, outra empresa que é candidata a enviar tintas a Casa da Moeda é a acusada. De acordo com denúncia ao MPF, amostras da tinta da nova nota de R$ 200 foram enviadas para a Sellerink.
O envio teria sido feito pela Casa da Moeda, e a Ceptis acredita que isso pode facilitar a falsificação da nova nota. De acordo com o G1, o MPF pediu que a PF investigue o caso da suposta fraude.
Empresa se defende das acusações de fraude e diz que é comum no mercado de tintas gráficas a prática
Em nota pública, a Casa da Moeda afirmou que é uma instituição tradicional brasileira. Dessa forma, preza pela confiabilidade e segurança na prestação de seus serviços.
Além disso, informou que o envio de amostras da tinta da nova nota é uma prática comum no mercado. Segundo a Casa da Moeda, o envio foi apenas para uma empresa que é credenciada ao fornecimento de tinta, assegurando o controle contra falsificação.
Segundo conversa com o G1, o responsável pela Casa da Moeda informou que a empresa Suíça já recebeu amostras da concorrente em outra ocasião. Ou seja, a prática é comum no mercado.
No entanto, a tinta da nova nota de R$ 200 estaria com problemas e o envio de amostras para a concorrente foi para garantir a impressão de dinheiro do Brasil. Fica claro que a Casa da Moeda afirmou que temia não receber o material e recorreu a uma concorrente.
Por fim, a Casa da Moeda declarou que apenas ela e o Banco Central tem a tecnologia para impressão de dinheiro no Brasil. Desse modo, a Casa da Moeda se defendeu de eventuais problemas com a falsificação da cédula.
“A Casa da Moeda e o Banco Central são os únicos detentores da tecnologia completa e especificações técnicas que compõem todos os itens de segurança que são definidos para a produção de cédulas. São inúmeros e não são dependentes dessas tintas mais comuns, “, afirmou a Casa da Moeda.
Polícia Federal tem feito operações contra falsificação de dinheiro no Brasil
A Polícia Federal faz uma série de operações contra falsificações de dinheiro nos últimos meses. Conforme apontado pelo Livecoins, recentemente deflagrou a Operação Triângulo das Bermudas. Este foi o primeiro caso encontrado de falsificação da nota de R$ 200, de acordo com a PF.
Além disso, na última semana, deflagrou a Operação “Facks”, para combater fraudes no Espírito Santo. Cabe o destaque que as investigações da PF sobre falsificação de dinheiro tem se intensificado.
A prática é considerada um crime no Brasil e causa danos a economia do país. Vale o destaque que a Casa da Moeda se defende de quaisquer problemas do tipo, mas deverá ser investigada pela PF após pedido do MPF.