Justin Bieber, Jimmy Fallon e Madonna são alguns nomes famosos que aparecem em uma ação coletiva contra uma empresa de NFT. As alegações são de que a Yuga Labs usou tais celebridades para promover sua coleção de NFTs, a Bored Ape Yacht Club (BAYC).
A lista segue sem parecer ter fim, incluindo Serena Williams, Paris Hilton, Kevin Hart, Stephen Curry, DJ Khaled, Snoop Dogg, Gwyneth Paltrow.
Até mesmo a Adidas, fabricante de artigos esportivos, e a Universal Television são citadas no processo de 100 páginas visto pela Fox Business.
Apesar de extensa, outros parecem ter ficado de fora, como o brasileiro Neymar. No início deste ano, o astro da seleção brasileira de futebol adquiriu dois NFTs da BAYC por cerca de R$ 6 milhões.
O que alega o processo?
Segundo informações da Fox, as alegações são de que tais celebridades foram usadas para promover os NFTs. Afinal, alguns deles nem sequer compraram as imagens, mas receberam de presente, mais tarde usando como foto de perfil em redes sociais como Twitter.
“Os executivos da Yuga [Labs] e da Oseary elaboraram juntos um plano para alavancar sua vasta rede de músicos, atletas e clientes famosos e associados para promover e vender enganosamente os produtos financeiros da Yuga”, aponta o documento visto pela Fox.
Chegando a um pico de 144,9 ETH por imagem em abril deste ano, hoje o preço de cada BAYC está na casa dos 63 ETH. Apesar da queda parecer pequena, vale notar que o próprio Ether (ETH) teve grande desvalorização frente ao dólar no período.
Já a ApeCoin (APE), também da Yuga, perdeu 89,8% de seu valor desde seu pico, também em abril, quando os NFTs da BAYC bateram recorde de preço.
“Na verdade, os Réus Executivos e a Oseary usaram suas conexões com a MoonPay e seu serviço como uma forma secreta de compensar os Réus Promotores por suas promoções dos NFTs da BAYC sem divulgá-los a investidores inocentes”, continua o documento.
NFTs em queda livre
Dados da retrospectiva 2022 do Google apontam que a busca por “o que é NFT?” ocupou o segundo lugar nesta categoria no Brasil. No entanto, seu pico aconteceu ainda em janeiro, seguido por uma grande perda de interesse do público.
O metaverso também fez barulho este ano, mas também perdeu força, perdendo o prêmio de palavra do ano do Dicionário Oxford para a expressão Globin Mode (em modo duende, em tradução literal). Ou seja, parece que toda euforia passou.
Voltando a Yuga Labs, criadora da coleção Bored Ape, a mesma também foi acusada de racismo em junho deste ano, manchando a imagem da empresa. Entretanto, nada foi provado e o assunto acabou esquecido.