Alguns índices que medem do desempenho dos mercados acabaram mostrando uma realidade interessante. Dois que podem ser destacados são o Índice de Medo e Ganância do Bitcoin e o VIX, que não mostram bons sinais com os temores que rondam a China.
Para quem ainda não entendeu o que pode estar acontecendo, o caso que afetou os mercados é mais um problema que poderá ser visto no setor imobiliário chinês. Contudo, com uma crise neste setor, os bancos acabam ficando sob risco na segunda maior economia do mundo.
Ou seja, há temores de que uma nova crise mundial se instale, além daquela já vista no último ano. Esse medo de um colapso na China levou até queda para o Bitcoin.
Índice do medo do Bitcoin reaparece no mercado
Um indicador que muitas pessoas não ignoram é o Índice do Medo e Ganância do Bitcoin, criado pela Alternative.me. Variando de 0 a 100, quanto menor é o valor deste indicador, mais temor o mercado está com o curto a médio prazo da moeda digital.
Nesta terça-feira (21), o índice acabou marcando 27, ou seja, está em uma região de Medo. Mesmo com as quedas, na última segunda (20), Fear And Greed ainda marcavam 50, mostrando que o indicador reapareceu no mercado após a continuação do movimento de baixa.
O reaparecimento do medo acontece uma semana após o mercado registrar uma queda, que já havia feito o preço do Bitcoin alcançar US$ 42.500,00 em algumas corretoras.
Mas a medida nova é bem menos que o visto nos últimos dias, assim como a cotação do BTC alcançou o valor mínimo de US$ 40.500,00 nas últimas 24 horas.
No mês de agosto, o índice registrou uma ganância extrema, indicando que aquele mês foi positivo, o que pode não acontecer em setembro, último mês do terceiro trimestre de 2021.
Índice VIX dispara e especialista não descarta a China socorrer seus bancos
Além do medo com o Bitcoin, o Índice VIX também disparou no mercado, refletindo que a confiança dos investidores de ações, com base nas opções do S&P 500, também seguem cautelosos. Esse indicador é comumente associado ao medo dos investidores da bolsa e quanto maior ele é, pior para mostrar confiança.
Mark W. Yusko, fundador da Morgan Creek Capital Management, analisou o caso Evergrande e tirou como conclusão que houve uma esmola para os super ricos na China nos últimos anos. Ele lembrou ainda que em 2005 o país socorreu seus bancos, assim como os Estados Unidos em 2009.
Por fim, esse analista não acredita que a China irá socorrer seus bancos agora, mas não seria nada impossível de acontecer. Isso mostra que a crise pode ter sérias consequências, que seguem acompanhadas pelo mercado global, da qual as criptomoedas estão inseridas.