A Coinbase Global colocou o Brasil entre um de seus países prioritários para expansão, pelo menos no curto prazo. A atual maior corretora de criptomoedas dos EUA declarou que os planos fazem parte da Fase II da estratégia “Go Broad, Go Deep”, divulgados no último dia 6 de setembro.
A Coinbase enfrentou uma grande desconfiança dos reguladores dos EUA, que se intensificou em 2023. Com isso, pretende migrar boa parte de suas operações para outros países, descentralizando sua operação.
A empresa foi a primeira corretora de criptomoedas e bitcoin a conseguir listar suas ações em bolsa no mundo. Com uma operação totalmente regulada, a exchange quer pedir licença e garantir a regulação de suas operações nos novos países que irá operar.
Coinbase coloca Brasil entre mercados prioritários e destaca regulação no país
Em sua publicação, a Coinbase disse que 83% dos membros do G20 e dos principais centros financeiros fizeram progressos no sentido da clareza regulamentar para as criptomoedas.
Na Europa, a exchange percebeu que os reguladores já acompanham de perto o mercado e não permitem fraudes e abusos de passarem impunes. E a corretora criada por Brian Armstrong quer se aproximar dos reguladores e ajudar na criação de regras ao mercado.
Assim, nos mercados prioritários para a Coinbase, o Brasil, Europa, Canadá, Singapura e Austrália estão como alvo da exchange. Nos próximos meses, eles pretendem adquirir licenças, registros e se estabelecer legalmente em todos os países.
Outro ponto importante da expansão da Coinbase envolve a criação de uma sede em Bermuda, com regulação local. No futuro, a bolsa poderá emitir derivativos regulados para acesso de investidores de todo o mundo.
“Presidência do G20 pelo Brasil em dezembro de 2023 é uma excelente oportunidade”, diz exchange alegando que Brian visitará o país em breve
A Coinbase ainda declarou em seu novo comunicado que procura estabelecer parcerias e iniciativas com bancos, inclusiva as grandes instituições. Além disso, há um interesse em participar do ecossistema de startups e fintechs, assim como de todo o mercado financeiro.
No comunicado a imprensa, a corretora ainda declarou que a posse da presidência do G20 pelo Brasil em dezembro de 2023 é uma ótima oportunidade. Por isso, o CEO da Coinbase visitará o país em breve.
“Começaremos a manter um scorecard sobre o progresso regulatório da criptomoeda em cada um desses países e jurisdições. A posse da presidência do G20 pelo Brasil em dezembro de 2023 representa uma oportunidade significativa para manter e ajudar a direcionar esse impulso. A Coinbase foi lançada recentemente no Brasil e também no Canadá, e nosso cofundador e CEO Brian Armstrong visitará ambos os países no final deste ano para interagir com os principais tomadores de decisão e partes interessadas, à medida que nos envolvemos na agenda do G20 e fortalecemos nossa presença nas Américas.”
Desde que chegou oficialmente ao Brasil, a Coinbase já integrou ao Pix e segue conversando com os reguladores locais para estruturar sua operação.