A Coinbase, a maior corretora de criptomeodas dos Estados Unidos foi processada por receber comissões das vendas “ilícitas” da criptomoeda da Ripple, a XRP.
“Um novo processo judicial federal alega que a Coinbase violou as leis estaduais de concorrência desleal ao vender XRP, supostamente um título não registrado, e receber comissões pela venda.”
New one count California federal court lawsuit alleges Coinbase violated state unfair competition laws by selling XRP, alleged to be an unregistered security, and taking commissions from the sale. pic.twitter.com/BpMZO1ulcC
— Palley (@stephendpalley) December 30, 2020
O momento não poderia ser pior, já que a corretora está planejando uma IPO para o início do ano que vem. A empresa já havia anunciado a suspenção de negociações com o ativo digital.
A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) processou a Ripple por venda ilegal de XRP em meados de dezembro.
O processo contra a Coinbase é uma ação coletiva que visa recuperação de valores perdidos por investidores que compraram a XRP vendidos “ilegalmente” pela corretora.
O processo diz que a empresa vendeu XRP (não autorizado) afirmando que o sucesso ou fracasso do ativo estava vinculado a Ripple. Contudo, de acordo com a natureza da ação, a Coinbase “sabia que XRP não era uma mercadoria, e sim um título.”
“Apesar de saber que a XRP era um título imobiliário, a Coinbase continuou oferecendo a XRP ao publico e ganhou comissões pelas vendas.”
A moeda desvalorizou mais de 70% depois de a SEC processar a Ripple. Assim, o processo quer que a Coinbase seja responsabilizada pelo prejuízo causado aos investidores que se sentiram enganados pela empresa.
O processo descreve todo o histórico da XRP até o momento atual, afirmando que a Coinbase vendia o ativo, sabia que era um título imobiliário, depois a SEC processou a Ripple, e a Coinbase anunciou a suspenção da moeda digital, fazendo o preço do token cair pela metade.
A ação coletiva pede que “todas as pessoas que compraram XRP na Coinbase sejam ressarcidas por danos e outras “recuperações potenciais”.
O processo quer, portanto, que o réu (Coinbase) pague uma indenização para todos os investidores que compraram o ativo digital na plataforma.