Comércio de Bitcoin na China aumenta, apesar de ser banido

Aparentemente o governo chinês descobriu que não é possível banir o Bitcoin.

Em 2017, a China fechou corretoras locais de criptomoedas, sufocando um mercado especulativo que era responsável por grande parte do comércio global de criptomoedas. Na época, várias exchanges chinesas foram fechadas, ou mudaram suas sedes para o exterior, como foi o caso da Binance, que transferiu seus servidores e sede para o Japão.

A mudança de política que ocorreu em setembro de 2017 foi considerada um ataque do governo chinês ao Bitcoin, o objetivo era evitar que o capital do país “fugisse” para as moedas digitais.

As corretoras que existiam foram obrigadas a cessar imediatamente o registro de novos usuários e anunciar um prazo para encerrar todas as negociações de criptomoedas. Como resultado, várias plataformas de negociação de criptomoedas basicamente fecharam seus negócios na China.

Apesar disso, os chineses continuaram a comprar e vender bitcoins, e a recente alta da moeda digital parece ter gerado um aumento significativo no comércio de criptomoedas da China também, apesar da proibição.

A informação foi revelada pela Reuters, que afirmou que o mercado de criptomoedas na China se recuperou desde outubro de 2020, colocando os reguladores em alerta sobre riscos financeiros e saídas de capital do país.

Comércio de bitcoins na China

Os chineses continuam a negociar Bitcoin normalmente usando corretoras chinesas que mudaram suas sedes para o exterior, como a Huobi OKEx. Ou seja, duas das principais corretoras do mundo em termos de volumes.

Também parece que as conversas sobre criptomoedas nas redes sociais que estavam adormecidas agora estão aumentando.

Apesar de as corretoras não terem autorização para funcionar dentro do território chinês, elas ainda podem ser acessadas pelos chineses. As corretoras não negociam ativos digitais com a moeda da China, o yuan, mas com stablecoins, como o USDT e, dessa forma, todos os obstáculos são contornados.

Qualquer pessoa no mundo pode comprar USDT em marketplaces P2P, os chineses podem comprar stablecoins com Yuan, pagando com cartão de crédito ou transferência.

A troca da moeda local por dólares americanos é permitida e o USDT é apenas um token que representa o dólar americano.

Para contornar os controles de capital, os usuários enviam yuans para o exterior sob o pretexto de fazer compras médicas ou outras compras legítimas e, em seguida, usam para comprar USDT.

O órgão fiscalizador do mercado financeiro da China indicou que está tentando adotar uma supervisão mais rigorosa do comércio de criptomoedas, mas como praticamente tudo acontece no exterior, é muito difícil para as autoridades chinesas intervirem ou sequer entender o que está acontecendo.

Além disso, a lei chinesa reconhece o valor dos ativos digitais, tornando assim legal para o povo chinês enviar e receber criptomoedas. A única coisa que é proibida então é a negociação de criptomoedas com moeda fiduciária, isso é, a troca de yuan por Bitcoin ou qualquer outro ativo dentro de uma corretora local.

Mas como tudo ocorre no exterior, o governo não tem muito o que fazer.

Diante disso, a proibição do comércio de criptomoedas na China parece ainda mais anacrônica e efêmera do que já era, permitindo uma especulação sobre uma possível mudança de rumo por parte do governo central.

Aparentemente a China descobriu que não é possível banir o Bitcoin. Mas eles devem continuar tentando.

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