Corretora de criptomoedas reverte lucro de R$ 2 milhões de trader de XRP

Negociação em plataforma foi desfeita, acusa trader.

Um trader de XRP acusou uma corretora de criptomoedas de reverter seus lucros conseguidos em uma operação rápida do mercado, situação conhecida como “flash crash”.

Essa situação é comum em corretoras do mercado e acontecem por anormalidades no book de ofertas das plataformas. Assim, uma criptomoeda que custa R$ 1 mil, por exemplo, pode momentaneamente ser cotada a R$ 1,00 e traders atentos conseguem pegar essas oportunidades raras.

No ano passado, em outubro de 2021, um usuário comprou bitcoin por 11 mil dólares durante um flash crash da Binance US, quando cada moeda custava US$ 60 mil em outras plataformas. Assim, ele lucrou US$ 50 mil em menos de 1 minutos e narrou seu caso publicamente.

Ainda que essas situações sejam raras, não é comum que plataformas revertam os lucros dos usuários.

Trader de XRP lucra R$ 2,5 milhões e corretora de criptomoedas reverte negociação

A criptomoeda XRP é atualmente a sexta maior em valor de mercado, mas já ocupou por muito tempo a terceira e até segunda posição do market cap. Embora tenha perdido valor nos últimos anos, ela ainda detém muitos negociantes interessados em sua tecnologia e comportamento de mercado.

E um deles estava operando na corretora de criptomoedas LAToken quando viu uma oportunidade rara de fazer um grande lucro. Isso porque, com cada moeda no mercado custando US$ 0,78 (R$ 4,00), ele colocou uma ordem no book de ofertas bem abaixo, antes de fevereiro de 2022.

No dia 23 de fevereiro daquele mês, o preço da XRP chegou a alcançar 0,00004 USDT por moeda, em um flash crash que pegou clientes da corretora de surpresa. Como o investidor Aromatic_Philosophy5 narrou pelo Reddit, ele havia colocado ordens que acabaram preenchidas.

Ao ver sua conta na corretora, ele detectou então a compra de 632 mil unidades da moeda, o que dá US$ 458 mil, ou ainda R$ 2,5 milhões na cotação da moeda XRP em Real hoje.

“Quando entrei na minha conta depois de fazer esses lances baixos no mercado há algum tempo, fiquei surpreso ao ver que tinha acumulado 632.151 tokens XRP.”.

Alegria durou pouco

Ao ver seu lucro de milhares de dólares, ele logo tentou vender parte das moedas e até sacar para outras contas o seu lucro, quando foi interrompido. Isso porque, o trader alega que a corretora de criptomoedas reverteu seu lucro e suspendeu sua conta, impedindo ele de acessar os recursos.

Após 24 horas de suspensão da conta, com a justificativa de burlar os termos de uso, sua conta foi recuperada pela corretora, mas com as moedas que ele tinha originalmente. Ou seja, suas transações que ainda aparecem no histórico de sua conta foram revertidas.

Histórico de ordens do cliente ainda mostra que ele lucrou milhões em XRP
Histórico de ordens do cliente ainda mostra que ele lucrou milhões em XRP. Reprodução

Ao tentar falar com o suporte, ele recebeu apenas respostas vagas e não teve seu problema resolvido, expondo a situação publicamente no Reddit, em busca de dar visibilidade ao caso.

“Entrei em contato com o suporte perguntando por que isso aconteceu, eles não me disseram por que minha conta foi restrita ou quais termos de uso eu havia quebrado. Após as 24 horas em que minha conta está de volta, todo o XRP se foi e fiquei com a criptomoeda que tinha originalmente. Entro em contato com o suporte novamente pedindo minhas moedas de volta, recebo respostas vagas não relacionadas ao problema.”

Ele não deixou claro se pretende acionar a corretora na justiça, mas o certo é que o grande prejuízo foi de partir o coração, segundo ele.

Ganhe um bônus de R$ 100 de boas vindas. Crie a sua conta na melhor corretora de criptomoedas feita para Traders Profissionais. Acesse: bybit.com

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google News.

Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

Últimas notícias

Últimas notícias