Em nota publicada nesta segunda-feira (10), uma corretora de criptomoedas afirma ter sofrido um hack que causou a perda de 23% de todos os ativos que estavam sob sua custódia.
Como resposta, a corretora suspendeu todos seus serviços de depósitos e saques até que o problema seja resolvido. Indo além, também comunicou as autoridades locais sobre o caso e pediu a ajuda de outras corretoras para identificar e bloquear depósitos ligados a estes saldos.
“Solicitamos aos responsáveis pelas exchanges que manuseiam ativos virtuais que bloqueiem imediatamente o depósito do endereço ligado ao saque.”
Corretora de criptomoedas sul-coreana é hackeada
Segundo a nota oficial da GDAC, o hack teria acontecido as 7 horas da manhã de domingo (9), pelo horário local, e todas as criptomoedas que estavam na hot wallet (carteira quente) da corretora foram levadas pelos hackers.
“Isso representa aproximadamente 23% do total de ativos da GDAC sob custódia no momento.”
Em suma, corretoras dividem seus saldos em dois tipos de carteiras, quente e fria. A primeira, a qual foi hackeada, contém quantias menores e é usada diariamente para processar saques. Já a segunda é mais segura, por trabalhar offline, e é raramente acessada.
Ou seja, a prática salvou 77% dos ativos da corretora, que poderia ter sofrido uma perda ainda maior. No entanto, clientes seguem preocupados já que saques foram suspensos.
No total, os hackers roubaram mais de 60,8 Bitcoins (BTC), 350 Ethereum (ETH), 220.000 Tether (USDT) e 10 milhões de Wemix (WEMIX). Em conversão direta, a quantia ultrapassa os R$ 69 milhões.
A WEMIX, criptomoeda focada em jogos play-to-earn, representa a maior parcela desse total, com R$ 56 milhões. Por conta disso, a WEMIX está operando em queda de 6% nesta segunda-feira (10).
Corretora pede ajuda do setor
Finalizando, a GDAC afirmou que está “solicitando a cooperação de emissores de ativos (fundações), corretoras e gerentes de DeFi para congelar ativos”, bem como já notificou o caso às autoridades locais.
Ou seja, talvez seja possível que a WEMIX congele os tokens no endereço do hacker por ser um projeto mais centralizado. Além disso, outras corretoras também podem travar depósitos de outras criptomoedas, uma prática comum no mercado.
Por fim, a corretora também pede a compreensão de seus usuários, notando que não há nenhuma previsão da retomada dos saques. Portanto, tudo indica que seus sistemas estão comprometidos e/ou a corretora ficou insolvente após o hack.