Apesar da atual crise financeira derivada do coronavírus, e as incertezas presentes com relação à economia global, o criptomercado encontra-se em um ótimo momento.
Além do Bitcoin, seus principais ativos incluindo altcoins como ETH, XRP, LTC e Ripple têm registrado altas expressivas, que vão de 6% a 12%.
Esta movimentação aconteceu nas últimas 24 horas, período em que houve uma movimentação de 10 bilhões de dólares em ativos digitais.
Assim sendo, há algumas razões para o momento positivo que o criptomercado está vivendo. Uma delas é o fato de que o Facebook declarou que irá dar continuidade ao projeto de instituir a Libra.
Mesmo diante das atuais dificuldades para criar sua própria criptomoeda, a gigante das redes sociais anunciou que irá fazer uma versão simplificada do token. Portanto, a expectativa é conseguir agradar os reguladores globais e concretizar o seu plano.
Além disto, o sistema blockchain da Libra será mais centralizado do que era esperado. Isto fará com que as empresas envolvidas no projeto cumpram com suas regulações ou sejam tiradas dele.
Essas informações repercutiram de diferentes formas no criptomercado, alegrando alguns investidores e incomodando a outros. Pessoas como Mati Greenspan, fundador da empresa de consultoria financeira Quantum Economics afirmam que o projeto é positivo para o BTC, inclusive pela versão enfraquecida da criptomoeda do Facebook.
Porém, Yoni Assia, diretor da eToro, o sistema menos aberto e menos centralizado não deve fazer grande diferença para a comunidade do Bitcoin a longo prazo.
Além da Libra, há outros fatores que estão contribuindo para a alta das principais criptomoedas e fazendo o Bitcoin chegar ao seu maior valor desde o início da pandemia.
O mercado global começa a respirar um pouco mais aliviado com os primeiros sinais que vários países estão dando para suspender bloqueios generalizados. Isto significa, portanto, uma possível retomada da economia.
Nos EUA, Donald Trump afirmou que o país pode voltar a abrir negócios de forma escalonada. Na Alemanha, Angela Merkel anunciou planos para diminuir as atuais restrições no país de forma lenta e gradual. Outros locais bastante afetados pelo COVID-19, como Espanha e Itália, estão retomando aos poucos trabalhos de construção, fabricação e de pequenas lojas.
Tudo isto tem contribuído para um panorama um pouco mais otimista para a economia global.
Apesar de haver mais de 5 milhões de desempregados nos EUA, as ações do país fecharam com uma leve alta na última quinta-feira (16).
Em contrapartida, números atuais mostraram que a economia chinesa, tida cada vez mais como ameaça contra a hegemonia dos norte-americanos, encolheu pela primeira vez em décadas no primeiro trimestre deste ano. Isto mostra que os impactos do novo coronavírus tem trazido diferentes perspectivas e realidades em nível global.