Foice, martelo e… Bitcoin? Filósofo diz que criptomoeda é um renascimento do comunismo

"Criptocomunismo"

O filósofo francês Mark Alizart lançou um livro onde afirma que o advento das criptomoedas e o protocolo Bitcoin são uma possível alavanca para se pensar em um renascimento do comunismo.

O “sonho de Bitcoin Karl Marx se tornou realidade?” Com base nessa indagação provocativa, ele descreve a influência da criptomoeda criada por Satoshi Nakamoto na política e na economia mundial.

Se, como afirma Alizart no livro Criptocomunismo, o Bitcoin foi criado para combater o risco de uma crise sistêmica a partir da manipulação da questão monetária, muito há a dizer sobre a moeda digital além do boom vivido atualmente.

“Com o advento das criptomoedas, estamos testemunhando uma verdadeira reviravolta na própria natureza do valor, de todos os valores, sejam financeiros ou não. De agora em diante, o valor não é mais decidido por uma instituição ou um mercado, é objeto de uma apropriação coletiva – tornando pela primeira vez pensável um comunismo que não é utópico. Esse novo comunismo, esse criptocomunismo, não será o da propriedade; será de valor.”, diz ele em seu livro.

Criptocomunismo

O livro é uma releitura de Marx mostrando como o Bitcoin pode levar a uma verdadeira organização horizontal da política monetária de produção e, de forma mais ampla, sociedade como um todo.

“O Bitcoin foi criado para desafiar as instituições”, disse Alizart em uma entrevista para o site Ámbito nesta quinta-feira (4),“e os ventos da mudança no contexto internacional parecem soprar a seu favor. ‘A crise do Covid e a presidência de Trump, criaram o caos.’ E há cada vez mais a impressão de dinheiro que inflaram os preços dos ativos ao infinito, enquanto o desemprego e os salários nunca foram tão ruins. Portanto, não me surpreende que as pessoas estejam tentando encontrar conforto no Bitcoin”, diz ele.

Alizart afirma que Marx pensava que “desestatizar” a sociedade deveria vir acompanhada de uma organização ou protocolo, e o protocolo blockchain no qual o Bitcoin se apoia, permite que um consenso geral seja produzido. Quase como um estado com seus diferentes poderes.

Ele não acredita que haja uma ameaça real ao poder do Banco Central dos Estados Unidos, o FED. “Bitcoin é mais como ouro digital, uma proteção contra a inflação”, diz ele, acrescentando: “o poder do FED está no fato de que as pessoas pagam seus impostos e sua gasolina em dólares. Até que isso mude, é imóvel.”

Ele acredita que mais cedo ou mais tarde todos os governos irão emitir suas próprias criptomoedas, embora diga que não tem certeza de como isso vai terminar.

O filósofo considera que as criptomoedas podem oferecer aos países menos desenvolvidos “uma forma de neutralizar as sanções internacionais e de se protegerem de choques monetários”.

Por fim, Alizart falou sobre como podemos evitar que o Bitcoin caia mão dos especuladores.

“Não podemos, mas tudo bem, o Bitcoin não foi feito para impedir a especulação. Pretende-se impedir a manipulação da moeda e, especialmente, a privatização da moeda. Por exemplo: o de bancos centrais imprimindo dinheiro que beneficia apenas 1% da população”.

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