Uma criptomoeda alvo da Polícia Federal na última semana, que cumpriu mandados da Operação Ganância, prometia 6% de lucros ao ano. De acordo com a empresa, o token seria uma ótima oportunidade de investidores multiplicarem seus investimentos com criptomoedas.
A empresa que criou esse ativo digital é investigada por possivelmente ser utilizada para lavagem de dinheiro do esquema de garimpo ilegal no Pará.
Em nota, a empresa tem negado irregularidades e se diz a disposição das autoridades para esclarecer o caso.
Criptomoeda alvo da Polícia Federal, IAUD prometia rendimentos de 6% ao ano
Na última semana, a PF deflagrou uma operação e divulgou que a operação de garimpo ilegal de ouro chegou a utilizar as criptomoedas para lavagem de dinheiro.
Após a deflagração de três operações em simultâneo, a Polícia Federal e Receita Federal divulgaram que houve apreensão de criptomoedas dos líderes, com 5 prisões sendo realizadas pelas autoridades.
Com a revelação do caso, restou claro que a emissão da criptomoeda “lastreada em ouro” foi criada pela empresa de serviços médicos Instruaud, com sede em Porto Velho. De acordo com a PF, essa empresa era responsável por lavar o dinheiro da operação de garimpo, com um de seus líderes preso pelas autoridades.
Em redes sociais, a empresa afirmava que o token era um “Blue Chip”, com imenso potencial para investidores, tendo como lastro uma empresa que presta serviços na área da saúde.
“IAUD é a NOVA blueship [sic] dos investidores de médio e longo prazo! A primeira criptomoeda de uma empresa consolidada na prestação de serviços de saúde.”
O endereço do token IAUD é o 0xce3f1c9f2fd7e8edcc38ab0414fbc7292e7d372f, criado tanto na rede Binance Smart Chain quanto em Ethereum. Após mais de um ano desde sua criação, a movimentação destes tokens ocorreu há meses e sua concentração em poucas carteiras é um dos pontos que chama atenção.
No White Paper do token, havia uma previsão de lucros de 6% ao ano com a inauguração de uma unidade da empresa em Manaus, prevista para ocorrer em 2022.
Empresa alvo da PF diz que operação é “fake news” e defende que negócio é sólido
Em nota pelas suas redes sociais, a empresa Instruaud, com sede em Porto Velho, disse que as operações deflagradas pela PF contra seu negócio são “fake news”.
De acordo com a comunicação da empresa, essa empresa é honesta e transparente, que atua na área da saúde. Dessa forma, eles seguirão atuando na prestação de serviços médicos, dispostos a colaborar com as autoridades policiais.