Criptomoedas alternativas ao Bitcoin são bolhas, diz JPMorgan

Movimento ajudou que gosta apenas do Bitcoin, que paga agora taxas mais baratas para realizar transações nessa rede.

O mercado de criptomoedas alternativas ao Bitcoin, as altcoins, recebeu bastante atenção e se valorizou muito nos últimos meses. Porém esse movimento pode não passar de uma bolha.

Segundo dados do JPMorgan, revelados pelo Business Insider, há um forte movimento especulativo no mercado de ações no último mês de agosto, que também pode ter se refletido no mercado de criptomoedas.

Entre os destaques deste mercado estão aplicações DeFi e NFT, que podem ser os responsáveis pela crescente dominância das criptomoedas alternativas em relação ao Bitcoin.

Isso faz com que o preço de muitas altcoins esteja sobrevalorizado, podendo ser um momento de alto risco para investidores.

“O preço das altcoins parece estar bem elevado segundo padrões históricos e, na nossa opinião, é mais provável que isso seja um sinal de froth (Bolha) devido à euforia dos investidores de varejo do que uma tendência de alta estrutural.”

O termo froth utilizado na frase se refere a uma condição de mercado que antecede uma bolha, onde o preço do ativo está longe do seu valor real e espera-se que seu preço caia e corrija bastante.

Mercado trilionário das altcoins já desperta desconfianças

O mercado de moedas digitais está acima de R$ 6,6 trilhões. Somadas, o valor de todas as altcoins juntas já valem mais que o Bitcoin, que atualmente está com um marketcap de R$ 4,8 trilhões.

O destaque do aquecimento deste mercado se dão pelo DeFi e de NFT — estes últimos que têm uma ampla gama de utilidades, como empréstimos com criptomoedas, obras de arte digitais, domínios através do ENS e, é claro, jogos que utilizam Blockchain.

Este movimento fez com que o uso da rede Ethereum aumentasse. Porém, como consequência, as taxas da rede começaram a ficar tão caras que os usuários iniciaram uma procura por outras blockchains mais baratas.

A Binance Coin (BNB) é uma das altcoins que ganhou espaço no meio por ser uma alternativa à Blockchain do Ethereum. Hoje, ela ocupa o 4º lugar em valor de mercado, possuindo capitalização de cerca de R$ 420 mil.

a Solana (SOL) recentemente entrou para as maiores criptomoedas pelo mesmo motivo: suas transações custam cerca de R$ 0,001 — enquanto uma transação no Ethereum custa um mínimo R$ 60,00 por agora.

Com o boom do DeFi e NFT, o Bitcoin perdeu a dominância de 50% em abril de 2021. Ela chegou a 70% em janeiro e hoje está em 43%. Seu ponto mais baixo foi no início de 2018, quando o BTC detinha apenas 33% do mercado.

A boa notícia para os maximalistas é que as transações de Bitcoin estão muito baratas e milhares delas estão sendo confirmadas com uma taxa de 1 sat/vbyte por dia.

A mudança no criptomercado

O gráfico abaixo mostra a mudança no top 10 de criptomoedas entre 2013 e 2020.

Muitas moedas que já foram grandes, hoje estão abandonadas e com pouco ou nenhum uso.

 

O grande problema das altcoins

Muitas delas não vivem por muito tempo.

Mesmo as criptomoedas que apresentam uma solução para as altas taxas da Blockchain do Ethereum. Porém, podem sumir amanhã, uma vez que e chegada do ETH 2.0 que promete escalar a rede e diminuir suas taxas.

Além disso, com a ativação do Taproot, no Bitcoin, mais um concorrente de peso para as altcoins entrará nomercado.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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