Criptomoedas deveriam ser reguladas como cassinos, diz colunista do WSJ

Como argumento, Baker afirma que o mercado acionário ajuda empresas, bancos ajudam a todos com empréstimos e que o papel das finanças é, além de lucros, ascenção social e econômica.

Em artigo de opinião publicado nesta segunda-feira (19), Todd Baker argumenta que as criptomoedas são um dinheiro sem propósito. Indo além, recomenda que legisladores não olhem para a negociação de criptomoedas como uma forma de investimento.

Para Baker, a negociação de criptomoedas é um grande jogo de azar e as corretoras são grandes cassinos. Sendo assim, as leis deveriam ser escritas sobre esse pressuposto.

“Os jogadores trazem dinheiro — moeda fiduciária — para um cassino ou jogo de azar online, apostam nos resultados e convertem os ganhos ou perdas de volta em dinheiro”, compara Todd Baker. “O sistema de negociação de criptomoedas opera da mesma maneira.”

Normalização das criptomoedas é um risco para toda economia

Membro sênior da Universidade de Columbia, Todd Baker também mostra-se preocupado com a integração das criptomoedas no sistema tradicional, afirmando que elas poderiam contagiar toda economia.

“Se a negociação de criptomoedas fosse integrada às finanças tradicionais, o risco de contágio sistêmico seria real.”

Sua preocupação é parcialmente real conforme as criptomoedas já são populares em muitas regiões. Segundo a ONU, ao menos três países possuíam uma adoção maior que 10% em 2021.

Indo além, também podemos citar as novas normativas do banco central dos bancos centrais. Na última semana, o BIS determinou que bancos poderiam ter até 1% de exposição a criptomoedas como Bitcoin, podendo aumentar essa porcentagem conforme este mercado evoluiu.

Entretanto, é difícil acreditar que as criptomoedas sejam o verdadeiro problema econômico. Afinal, a inflação ainda é o maior vilão desta história, e os governos não parecem preocupados com isso.

Criptomoedas não tem propósito social, afirma Baker

Voltando ao texto de Baker, o autor também questiona se as criptomoedas possuem algum propósito. Novamente comparando setores, comenta que os tradicionais ajudam a sociedade, mas que as criptomoedas não tem este apelo.

Como argumento, Baker afirma que o mercado acionário ajuda empresas, bancos ajudam a todos com empréstimos e que o papel das finanças é, além de lucros, ascenção social e econômica.

“Compare isso com a falta de propósito do sistema de negociação de criptomoedas”, continua Baker. “A negociação de criptomoedas é um jogo que usa finanças como assunto. Ele emula as finanças da mesma forma que os jogos de tabuleiro Risk e Banco Imobiliário emulam a guerra e o investimento imobiliário.”

Por fim, a solução mais inteligente que Baker encontrou foi regular o mercado de criptomoedas sobre as leis sobre jogos de azar.

“Isso significa que o sistema separado de negociação de criptomoedas deve ser excluído da regulamentação de serviços financeiros pela SEC, a CFTC, agências bancárias e o CFPB”, finaliza Baker. “Expandir o alcance das leis estaduais de jogos de azar para cobrir a negociação de criptomoedas também é uma possibilidade.”

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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