A Visa, uma das maiores empresas em serviços financeiros do mundo, está estudando o uso de Bitcoin para o futuro em suas transações. A informação foi compartilhada pelo VP de Inovação no Brasil, Percival Jatobá.
Em março de 2021, a Visa já havia começado a utilizar a stablecoin USDC em algumas aplicações. Para possibilitar essa integração, a Visa tem como parceira a Crypto.com, uma startup dos Estados Unidos.
Inclusive, apenas naquele país está integrado a solução da Visa com criptomoedas, de acordo com Jatobá. A empresa ainda procura entender mais sobre o mercado, de olho em outras criptomoedas promissoras.
VP da Visa no Brasil sobre trabalhar com stablecoin: “Criptomoedas não são inimigas, são parceiras”
O uso das criptomoedas no sistema financeiro já começa a ocupar espaços importantes, com ampla adoção por instituições. Dentre as principais, stablecoins têm sido algumas das preferidas por gestores devido aos lastros dessas moedas em ativos reais.
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As principais do mercado, que são lastreadas em dólar, seguem sendo a Tether (USDT) e USD Coin (USDC). Com os maiores volumes de negociações diárias, as criptomoedas ocupam hoje a posição 7ª e 13ª em valor de mercado, respectivamente.
Utilizada pela Visa, a USDC é uma criptomoeda que faz a grande empresa refletir sobre as aplicações descentralizadas.
Em entrevista ao Valor Investe, Percival Jatobá, VP de Soluções e Inovação na Visa Brasil, afirmou que os parceiros da empresa pediam a tecnologia.
Emissoras de cartões, varejistas e até instituições financeiras seriam os exemplos de empresas que levaram a Visa ao criptomercado. Jatobá afirmou que seria um desrespeito com os clientes da empresa caso ela optasse por negar a existências das criptomoedas, evitando entrar neste mercado.
O VP da Visa no Brasil ainda lembrou que as criptomoedas hoje são parceiras da empresa, brincando que a rompeu-se o status de inimigos ou amigos já.
Uso do Bitcoin pela Visa não está descartado, lembrou executivo
Considerada a maior e mais valiosa criptomoeda, o Bitcoin tem atraído empresas para seu setor. Mesmo sem regulamentação em muitos países, assim como as stablecoins, a moeda digital segue sendo incorporada como reserva de valor por várias empresas.
No caso da Visa, o VP de Inovação no Brasil afirmou que mais stablecoins serão integradas à empresa em breve. A multinacional, que processa transações com 160 moedas fiduciárias, já planeja escalar a montanha das criptomoedas.
Questionado se a Visa tem planos de utilizar criptomoedas no Brasil, Jatobá declarou que ainda não há uma previsão de chegada.
Com relação ao Bitcoin, Jatobá disse que a Visa estuda o uso das criptomoedas verdadeiras, mas oficialmente, a empresa ainda não colocou esse plano no horizonte.
Por fim, o executivo acredita que a companhia não tem nada contra o Bitcoin, nem nada a favor. De qualquer forma, o foco está em desenvolver o projeto piloto com as stablecoins primeiro, para depois pensar em quais outras moedas serão integradas.