Bitcoin sobre notas de Dólar de Hong Kong.
A Comissão de Valores Mobiliários de Hong Kong (SFC) publicou um guia com diversos pontos para melhorar o mercado de criptomoedas na região e transformar o país em uma referência mundial no setor de criptomoedas.
Chamado “ASPIRe”, o texto foca em cinco pontos principais: Acesso, Segurança, Produtos, Infraestrutura e Relações. Dentro deles, a Comissão citou avanços necessários em cada área para atingir seu objetivo.
Após os EUA aprovarem os ETFs de Bitcoin, Hong Kong foi um dos primeiros países a seguir esses passos, listando tanto ETFs de Bitcoin quanto de Ethereum. Para Changpeng Zhao, fundador da Binance, isso significa que a China está usando Hong Kong como um ambiente de testes.
Sendo mais um país na corrida pelas criptomoedas, reguladores de Hong Kong publicaram um extenso plano para transformar o país em uma referência global do setor de criptomoedas. Em uma imagem, a CVM de Hong Kong resumiu os principais pontos.
Em relação à “Acesso”, a SFC fala sobre emitir licenças para negociação de balcão (OTC), bem como custódia de criptomoedas com uma maior transparência regulatória. No campo “Segurança” é notado o interesse em uma harmonia estrutural com outros países.
Na parte de “Produtos”, a Comissão se mostra interessada em mais opções de negociação de derivativos, bem como produtos de staking. Já em “Infraestrutura”, é citado análises em tempo real e colaboração entre agências.
Por fim, a parte de “Relacionamentos” aborda a consideração de uma estrutura para finanças descentralizadas (DeFi), o cultivo de novos canais de engajamento com partes interessadas e a enfatização de divulgações de risco.
“Adotando os princípios fundamentais de proteção ao investidor, liquidez sustentável e regulação adaptativa, o plano em si é uma resposta calibrada aos desafios emergentes do mercado de ativos virtuais, ajudando assim a preparar nosso ecossistema para o futuro”, disse Dr. Eric Yip, Diretor Executivo de Intermediários da SFC.
“O plano não é um destino final, mas um modelo vivo, que convida a esforços coletivos para promover a visão de Hong Kong como um hub global onde a inovação prospera dentro de limites seguros.”
Em um documento de 20 páginas, muito mais detalhado, a SFC aponta que o mercado de criptomoedas já está avaliado em US$ 3 trilhões, com um volume de negociações anual chegando a US$ 70 trilhões.
“Na Europa, o quadro MiCA da UE fomenta a escalabilidade. Nos Estados Unidos, apesar da liderança em ETPs de ativos virtuais e derivativos, sua supervisão fragmentada criou ambiguidades regulatórias para os participantes do mercado”, destacou a SFC, também notando que a China “proíbe estritamente as atividades comerciais de ativos virtuais” e que Oriente Médio e América Latina estão “ajustando suas regulamentações para atrair empresas de ativos virtuais, frequentemente com a flexibilidade como prioridade”.
“Cronogramas divergentes para a implementação de padrões globais e a “arbitragem regulatória” entre jurisdições ameaçam prejudicar o progresso.”
Finalizando, o documento afirma que a SFC está comprometida em enfrentar os desafios mais urgentes do mercado de criptomoedas, algo que exigirá a cooperação de todos envolvidos, desde reguladores até instituições e investidores de varejo.
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