Um desembargador de Minas Gerais concedeu uma entrevista nos últimos dias sobre as mudanças pelas quais atravessa o judiciário do estado. Nela, o desembargador Marcelo Guimarães Rodrigues destacou que vê um crescimento do uso das criptomoedas no mundo.
Tal movimento faz parte de uma quebra de paradigmas que o mundo atravessa. Em parte, tal ação é coordenada principalmente por jovens, que de acordo com o magistrado tem quebrado barreiras.
No Brasil, o judiciário atravessa enormes mudanças e a digitalização deverá ser um movimento forte nos próximos anos. Em posse no STF nos últimos dias, o novo presidente Ministro Luiz Fux destacou que o judiciário passará por uma reformulação, migrando boa parte para o digital.
Desembargador vê crescimento das criptomoedas semelhante ao visto com Uber e Airbnb
O conceito de criptomoedas tem estado em alta nos últimos anos. Após a criação do Bitcoin em 2009, de fato o assunto ganha manchetes e desperta interesses diversos em pessoas pelo mundo.
Um dos pontos em que as criptomoedas são úteis é justamente a facilidade em se realizar transações. Com a capacidade de enviar qualquer valor pelo mundo, em instantes, a tecnologia segue em alta.
Contudo, a necessidade de se utilizar bancos ou trabalhar com conversão cambial praticamente é eliminada. Como tecnologias novas de pagamentos ponta-a-ponta, as criptomoedas seguem abrindo caminhos.
De acordo com um desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a sociedade tem tido novas exigências. Dessa forma, tem sido comum, por exemplo, se pensar em avanços e adaptações para os meios digitais.
Em entrevista ao CNBMG, o desembargador apontou que os meios digitais serão rotina em breve. Todos os serviços que não couberem em uma tela de smartphone estão em risco. Empresas grandes, como Uber e Airbnb, estão aí para provar a narrativa, apontou o magistrado.
Além disso, o dinheiro também passa pela mudança de paradigma, com as chamadas criptomoedas. Na visão do desembargador Marcelo Guimarães Rodrigues, o crescimento das criptomoedas no mundo seguem o movimento de buscar melhorias, promovidos principalmente por jovens.
Discussão era sobre atos notariais, setor que também segue observando a concorrência da tecnologia blockchain
Ao comentar sobre as criptomoedas ao CNBMG, o magistrado deixou claro que há uma busca por inovações em vários setores. No setor notarial, que era o foco da conversa, o desembargador observou que houve uma melhora no estado de Minas Gerais nos últimos anos, mas há muito mais a se fazer.
Neste sentido, os cartórios já sentem a concorrência se aproximando, até pelas próprias criptomoedas. Ainda não regulamentadas no Brasil, mas com enorme potencial, a tecnologia possuí capacidade de registrar dados. Esse processo de registro é feito com segurança, transparência e imutabilidade.
Tal registro pode ser feito através da blockchain, tecnologia subjacente às criptomoedas. Ou seja, além de permitir transações de valores pelo mundo, a tecnologia ainda evolui um setor que é tradicional no Brasil.
Algumas empresas já trabalham com esse serviço no país, como a OriginalMy, entre outras. No âmbito jurídico nacional, tais iniciativas ainda não substituem o serviço dos cartórios, mas já se colocam como alternativas viáveis ao reduzir a burocracia e aumentar a segurança dos registros.