Dono de pirâmide some com 22 mil bitcoins, culpa maçonaria e se esconde no Brasil

A justificativa para o líder do esquema ter sumido foi que sua empresa representa uma ameaça ao sistema financeiro atual que é controlado pela maçonaria.

Mirror Trading International é uma plataforma que prometia juntar o dinheiro de seus clientes para investir no mercado Forex e “socializar” os lucros, mas o CEO da MTI, Johann Steynberg decidiu fugir da África do Sul no começo de dezembro após as autoridades voltarem seus olhos para a plataforma. Membros da empresa acreditam que ele está escondido no Brasil.

A MTI possui um discurso muito similar com algumas outras empresas que vimos até mesmo no Brasil. Lançada em 2019 a promessa era de que a plataforma utilizaria robôs de trade automático para aumentar o valor investido em bitcoins para o cliente, caso similar ao da Atlas Quantum.

Nos planos de negócios encontrados pela internet e nas apresentações da empresa fica claro a intenção clássica do golpe, prometendo lucro mensal de 10%, algo que com certeza é impossível em um investimento do tipo. A possível pirâmide pode ter capitado até US$ 2 bilhões de mais de 170 mil clientes, a empresa conseguiu captar 22 mil bitcoins, de acordo com o site local MoneyWeb.

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Apesar do foco na África do Sul, era possível que clientes de outros lugares do mundo ingressassem, bastando apenas realizar um investimento inicial de US$ 100.

Clientes sem saques, CEO desparece culpa hackers e maçonaria

Johann Steynberg, fundador e operador da suposta pirâmide Mirror Trading International.

Nos últimos meses a plataforma começou a ter problemas com os saques de seus clientes, bloqueando tanto os ganhos quanto os bitcoins inicialmente investimentos.

Como era de se esperar, a plataforma começou a culpar ataques hackers e outros imprevistos para a falta de pagamento dos investidores na plataforma. Mas o CEO foi além e culpou até a maçonaria pelo fim do negócio.

Isso levou a autoridade financeira da África do Sul, a Autoridade Condutora do Setor Financeiro (FSCA), a lançar um alerta para que o público não se envolvesse com a MTI, além de iniciar um processo criminal contra a plataforma.

Isso fez com que o Johann Steynberg desparecesse no começo de dezembro, sem dar sinais para onde teria ido.

Apenas agora a MTI divulgou um comunicado à imprensa local afirmando que Johann está foragido e que provavelmente está no Brasil. No e-mail divulgado, os administradores da suposta pirâmide afirmam que:

“Johann está vivo. Johan está no Brasil, até onde sabemos. Johan não foi honesto com os gerentes, líderes ou membros da MTI. Como gerência, nós não sabemos se o nosso Bitcoin está a salvo.”

De acordo com o jornal, o CEO da suposta pirâmide recebeu um e-mail de uma fonte anônima sugerindo que ele deveria deixar a Africa do Sul porque a MTI ameaçava o sistema financeiro atual, que segundo a carta, é controlado pela maçonaria.

“A Maçonaria não é apenas um boato. É um fato bem conhecido que os principais donos do sistema financeiro atual são maçons de grau 17, 18 e 33, eles farão tudo para ver a queda da MTI.

O senhor representam uma grande ameaça para o sistema deles. E por este e-mail o nosso humilde apelo para que se retire temporariamente das fronteiras da África do Sul.”

A justificativa para o líder do esquema ter sumido, então, seria porque sua empresa com promessas milagrosas representa uma ameaça ao sistema financeiro atual.

De acordo com as informações, a mulher do CEO, Nerina Steynberg, foi a última pessoa a ter contato com Johann quando ele tinha feito uma viagem para São Paulo no dia 15 de dezembro.

Os líderes da companhia não informaram porque Johann possa ter escolhido o Brasil para a recente viagem e possível fuga. A investigação da autoridade financeira da África do Sul continua, com apoio dos membros da plataforma que foram encontrados.

Mas a situação parece que vai se desenvolver como a maioria das pirâmides: Muito prejuízo para acreditou nas promessas exorbitantes.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.
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