O presidente do banco central do Uruguai, Diego Labat, participou nos últimos dias do evento Forbes Revolución Fintech Summit, onde falou sobre regular as criptomoedas e outras tecnologias de pagamentos.
A segunda edição do evento no país foi um encontro que reuniu empresários e especialistas para discutir crescimento, oportunidades e analisar as perspectivas do setor.
De acordo com o próprio BCU, o evento em Montevidéu também ouviu o economista sobre os sistemas de pagamentos do país, assim como os desafios do Banco Central para o futuro.
Uruguai quer regular as criptomoedas, mas manter sistema robusto de fiscalização, sinalizou presidente do BC
Desde que o Brasil determinou a regulação das criptomoedas por meio do banco central, com a Lei 14.478/2022, o mundo acompanha com atenção os passos dos países vizinhos.
E na última semana a Forbes conversou com o presidente do BCU sobre o tema, que promete entrar na pauta dos desafios futuros da instituição.
Alegando ser “importante que o Uruguai dê passos em tecnologia e inovação e que a indústria ofereça produtos melhores e mais tecnológicos“, Diego Labat conversou com empresários indicando que uma regulação deve chegar ao mercado.
Contudo, o economista destacou também que é fundamental manter as regras do jogo e ter um sistema robusto para acompanhar as novidades no país.
“Nós nos preocupamos com a tecnologia, mantendo as regras do jogo, da concorrência e cuidando do consumidor”.
Indicando que os investidores confiam no sistema uruguaio financeiro, Labat lembrou que a “economia funciona com sinais, com regras e com instituições sólidas, porque o setor privado tem confiança para agir num ambiente conhecido. Isso é fundamental“, concluiu em sua fala.
Ou seja, para permitir avanços na regulação de novas tecnologias como as criptomoedas e novos sistemas de pagamentos digitais, ele observa com cautela os equilíbrios necessários para permitir confiança ao mercado. No caso de bancos digitais que desejam chegar ao país, por exemplo, Diego declarou que todos são bem-vindos, mas devem se lembrar que serão tratados como bancos.
O atual presidente do Banco Central do Uruguai é economista e contador público pela Universidade da República e possui especializações em Gestão Empresarial e Economia. Anteriormente, foi membro do conselho de administração da petrolífera estatal ANCAP e suas subsidiárias. Por mais de 20 anos ocupou cargos de gestão em bancos internacionais no Uruguai e no exterior.
Vale lembrar que na Argentina o presidente da CVM local também falou em regular as criptomoedas na última semana, indicando um novo momento para o mercado na América Latina.