Empresa de câmbio pagou US$ 2,3 milhões em bitcoins para “resgatar” sistema hackeado

A Travelex, empresa britânica especializada em câmbio turismo, havia sido atacada na virada do ano

A Travelex, empresa britânica especializada em câmbio turismo, pagou US$ 2,3 milhões em bitcoins pelo “resgate” de seu sistema, atacado por hackers na virada do ano. A informação é do The Wall Street Journal.

De acordo com o jornal, a Travelex enviou 285 bitcoins aos cibercriminosos depois de seguir os conselhos de vários especialistas. Apesar do pagamento, a polícia do Reino Unido continua a investigar o crime.

Na época do fato, segundo a BBC, os ladrões virtuais haviam pedido um resgate de US$ 6 milhões em criptomoedas.

Empresa de câmbio foi atacada com um ransomware

A Travelex, considerada a maior rede de lojas de câmbio do mundo, alegou ter sido vítima de um ataque cibernético ocorrido em 31 de dezembro.

Segundo o jornal, os hackers utilizaram um ransomware conhecido como Sodinokibi para invadir o sistema da empresa.

Ransomware é um tipo de software malicioso projetado para invadir um sistema e negar o acesso aos dados até que um resgate seja pago.

No ataque, os hackers alegaram ter copiado cerca de cinco GB de dados de clientes, como datas de nascimento, números de previdência social e outros detalhes.

Interrupção fez empresa de câmbio “desligar” sistema

Por causa do ataque, a Travelex foi forçada a desligar seus computadores e servidores como forma de proteção contra o ataque do vírus. Redes internas, sites e aplicativos ficaram offline ao longo de várias semanas.

A interrupação dos sistemas impediu as entregas de dinheiro para as divisões dos principais bancos internacionais, afetando milhares de clientes ao redor do mundo.

Duas das instituições bancárias afetadas foram o Barclays PLC e o Lloyds Banking Group PLC, ambos no Reino Unido.

“Lamentamos ter que suspender alguns de nossos serviços para conter o vírus e proteger os dados. Nós pedimos desculpas aos nossos clientes por qualquer inconveniência gerada por isso”, disse o chefe da Travelex, Tony D´Souza, em comunicado divulgado na época.

A agência Reuters informou que o caos gerado na empresa foi tão grande no início do ano que os funcionáros da Travelex foram forçados a calcular as taxas de câmbio com papel e caneta.

Ataque na Travelex não afetou Brasil

A Travelex atua no Brasil por meio do Grupo Travelex Confidence, formado pela Confidence Câmbio e pelo Travelex Bank.

Em janeiro, a empresa disse em nota que o ransomware não havia afetado a operação no país porque os sistemas usados aqui são interdependentes.

Veja a integra da nota:

“O Grupo Travelex Confidence informa que o vírus do tipo ransomware, que atacou as redes da Travelex Global, não afetou o Brasil. Por fazer uso de sistemas independentes, tanto as operações como os clientes locais não foram impactados. Os sistemas do Grupo no Brasil estão funcionando normalmente. A Travelex Global está tomando todas as ações necessárias para resolver a situação, incluindo a instauração de uma investigação aprofundada.”

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Lucas Gabriel Marins
Lucas Gabriel Marins
Jornalista desde 2010. Escreve para Livecoins e UOL. Já foi repórter da Gazeta do Povo e da Agência Estadual de Notícias (AEN).

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