A empresa de soluções tecnológicas Investtools apresentou um novo projeto que tem como princípio utilizar a tecnologia blockchain para controlar as finanças públicas.
O Gov Token terá como função registrar recursos liberados através da emissão de um token, representações eletrônicas do montante. Após inseridos dentro da rede, as movimentações financeiras como valores, origens e destino ficarão arquivadas de forma cronológica, decentralizadas, rastreáveis e imutáveis, anulando possíveis fraudes ou desvio de dinheiro público.
Com um currículo político brasileiro repleto de fraudes que ultrapassam bilhões de reais, a chegada da ferramenta passa a ser vista com bons olhos ao erário público.
A Investtools já participou do desenvolvimento do BNDES Token, sistema Blockchain do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social que acompanha o financiamento de obras públicas.
Nesse primeiro contato surgiu a possibilidade da empresa expandir o sistema para demais órgãos públicos.
Transparência
Em entrevista para o site Globo, David Gibbin, presidente da Investtools alegou que a dificuldade em fraudar informações gravadas em blockchain deixa o processo inovador. “Entendemos que o poder de alcance deste projeto é muito maior, o blockchain tem a transparência como característica de essência”. Desse modo será possível rastrear todos os passos que foram dados com os recursos repassados.
Outros países já utilizam esta tecnologia em reuniões para votos de acionistas, trazendo custos substancialmente mais baixos e aprimoramento.
Investimento e criação
O projeto Gov Token foi selecionado pelo programa InovaAÇÃO Rio e receberá financiamento da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo sob responsabilidade da Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (AgeRio).
O projeto também foi aprovado pela agência pública federal Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O desenvolvimento do Gov Token deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2021 e o projeto piloto no segundo semestre do mesmo ano. Gibbin acredita que neste período as negociações com as esferas públicas já se movimentem.
A verba para criação do projeto está em 1,5 milhão.