Um ETF de criptomoedas listado na B3, no Brasil, é um dos principais do mundo, segundo relatório do Morgan Stanley apresentado na última quinta-feira (6).
Um Exchange Traded Fund (ETF) é um produto financeiro que permite aos investidores investirem em índices de referência, sem necessariamente se expor aos ativos.
No caso do mercado de criptomoedas, os produtos buscam exposição a índices do setor que acompanham as cotações de mercado, embora os ETFs possam ter comportamentos próprios e não necessariamente correlacionados com as moedas digitais.
ETF de criptomoedas no Brasil é um dos principais do mundo, diz relatório do banco Morgan Stanley
Um novo relatório apresentado pelo banco norte-americano Morgan Stanley nesta quinta-feira apontou o HASH11, ETF criado pela gestora brasileira Hashdex, como o terceiro produto financeiro com maior entrada de recursos (compra) no mundo, em 2022, na categoria de ‘criptoativos’.
Somente neste ano, investidores já aportaram mais de US$ 95 milhões no produto brasileiro, segundo dados levantados.
Pioneiro, o HASH11 foi o primeiro ETF de criptomoedas lançado no Brasil. Listado na B3, o produto soma mais de R$1 bilhão em ativos sob gestão.
Além disso, figura como o segundo maior ETF no ranking geral da bolsa em número de cotistas – com mais de 150 mil investidores. Na frente dele está apenas o IVVB11, que replica o S&P500.
O HASH11 segue o Nasdaq Crypto Index (NCI), índice criado pela Hashdex em parceria com a Nasdaq, que busca refletir globalmente o movimento do mercado de criptomoedas.
Mercado promissor e que deve crescer
O relatório do Morgan Stanley trata sobre o crescente fenômeno do lançamento de ETFs e ETPs de criptomoedas. De acordo com o levantamento, existem mais de 180 produtos do tipo no mercado global.
Deste montante, metade foi lançada desde o início do chamado “inverno cripto”, mas o relatório ainda indica que esse é um mercado que tem espaço para crescer no futuro.
Isso porque, após despertar o interesse de investidores pelo mundo, as criptomoedas seguem como destaque e os produtos financeiros associados a essas são alvos de grande interesse pelo mercado financeiro tradicional.
Em 2022, por exemplo, houve uma média de 8 novos ETFs associados a criptomoedas lançados a cada mês, o que comprova o interesse global.
O relatório então acredita que embora o foco permaneça com o bitcoin, os próximos trimestres devem ver mais produtos financeiros sobre todo o mercado de criptomoedas.