Com as recentes mudanças regulatórias no mercado de criptomoedas em países asiáticos, o setor por lá vem perdendo cada vez mais força em 2021, o que acabou fazendo com que a região da Europa se tornasse a maior economia do mercado de criptomoedas, movimentando cerca de US$ 1 trilhão nos últimos meses.
A União Europeia é atualmente o lugar mais concentrado em transações de moedas digitais por volume em todo o mundo. Dados apurados pela Chainalysis, empresa que rastreia criptomoedas, mostram que a região da Europa Central, Norte e Ocidental tiveram um grande volume, com US$ 1 trilhão em transações, o que representa 25% de toda a atividade de transações do setor no mundo.
Além disso, os dados apontam que a região da Europa é a fonte de também 25% das criptomoedas recebidas por outras regiões.
As grandes transações institucionais da região também cresceram consideravelmente, saindo da casa dos US$ 1,4 bilhão em 2020 para US$ 46,3 bilhões em junho de 2021.
Destaque da Europa como maior economia das criptomoedas se dá por aumento em DeFi
O curioso é que o que mais se destacou nos dados é o aumento de interesse no setor de DeFi. Com 89% dessas grandes transações institucionais tendo sendo feitas através de projetos e plataformas descentralizadas, a Europa pode se tornar a maior economia das criptomoedas.
O impacto do setor DeFi é ainda mais notável através do ranking das moedas em termos de transação. Enquanto o Bitcoin é a maior moeda do setor por capitalização de mercado, ela ficou atrás da rede Ethereum em número de transações, já que a rede é a “base” para a maioria das plataformas de DeFi.
Além disso, os protocolos de DeFi foram o principal destino para os fundos recebidos por serviços de criptomoedas na região.
Enquanto o mercado de criptomoedas está crescendo na região da Europa, o principal motivo de ela estar na primeira posição é o enfraquecimento do criptomercado na região a Ásia.
Volume migrou da Ásia
No começo de 2019 a principal concentração do volume de negociações do criptomercado ficava na Ásia Oriental, com cerca de 30% do volume mundial.
Atualmente o volume caiu para cerca de 15%, menos de 10% em relação à região da Europa, da América do Norte e até mesmo da América Central e sul da Ásia.
Essa diminuição da força do criptomercado asiático pode estar diretamente ligado com as recentes decisões da China em proibir a mineração e até mesmo negociação de Bitcoins e outras criptomoedas. Além disso, os esforços regulatórios de outros países, como a Coreia do Sul, anteriormente um dos maiores participantes do mercado de criptomoedas, mas que está em risco de perder boa parte do seu volume devido ao encerramento de corretora.