A polícia civil do Rio de Janeiro desmantelou uma pirâmide financeira na manhã desta quarta-feira (1). A empresa era investigada por ofertar investimentos com criptomoedas, aplicações financeiras e bolsas de valores. Um ex-dirigente do Botafogo foi preso na ação.
De acordo com a PCRJ, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e mais 1 de prisão.
O caso envolve a Futura Invest, um esquema que deixou de honrar com os pagamentos desde 2021, quando as primeiras denúncias surgiram no Brasil.
Ex-dirigente do Botafogo é preso por criar pirâmide financeira com criptomoedas no Rio de Janeiro
O ex-presidente do Conselho Fiscal do Botafogo é acusado de praticar um golpe com criptomoedas desde 2021, conforme apuração do Livecoins na ocasião.
Agora preso, ele deve responder pelos crimes contra investidores, após deixar um rastro de prejuízos no mercado financeiro nacional.
Segundo a Delegacia de Defraudações (DDEF), “dezenas de vítimas foram lesadas, gerando prejuízo de milhões de reais e, até o momento, uma pessoa foi presa, documentos e aparelhos eletrônicos foram apreendidos“.
Em nota, a PCRJ declarou que duas empresas vinham sendo utilizadas pelo golpe financeiro, com promessas de altos lucros. Uma delas era a Futura Invest, empresa que já registrava queixas pelo Reclame Aqui de investidores fraudados.
Fraude atuou contra servidores públicos e militares do Rio
Para a polícia civil, tudo indica que a ação atuava como uma organização criminosa, prometendo altos lucros às vítimas. Os alvos do grupo eram principalmente servidores públicos e militares.
Assim, um contrato de prestação de serviços acabava firmado com os clientes, passando uma previsão de alto retorno sobre o capital aplicado.
Para consolidar o golpe, as empresas suspeitas pagavam as primeiras parcelas da fraude. Contudo, após o início promissor, as demais parcelas prometidas não eram pagas, o que, para a PCRJ, caracteriza uma fraude de pirâmide financeira.
Pirâmides financeiras na mira da justiça
O mercado de criptomoedas teve no Brasil uma ampla divulgação entre pirâmides financeiras, empresas que prometem lucros rápidos e altos a investidores desatentos. As promessas envolvem o convite de amigos e familiares, mas normalmente duram pouco tempo.
Isso porque, o modelo de negócios das pirâmides financeiras não se sustenta. Antes impune, contudo, a fraude envolvendo as criptomoedas deve diminuir no Brasil.
De acordo com a Lei das Criptomoedas sancionada em dezembro de 2022, que entra em vigor em junho de 2023, quem for pego cometendo crimes pode acabar na prisão, além de ter de pagar multa. Assim, investidores do mercado esperam que a impunidade no mercado acabe, com as pirâmides na mira da justiça.