A ‘Família Bitcoin’, composta por Didi Taihuttu, sua esposa e três filhas, está preocupada com a recente onda de ataques contra investidores de criptomoedas. Em conversa com a CNBC, eles revelaram que espalharam as chaves de acesso às suas carteiras em quatro continentes.
A família ganhou esse nome após vender tudo o que tinham em 2017 para comprar Bitcoin. Na data, a criptomoeda estava avaliada em apenas US$ 900, passando por uma valorização de ~12.000% até o preço atual de US$ 109.000.
Em relação aos sequestros e outros crimes contra investidores de criptomoedas, o número chega ao menos 29 casos em 2025, segundo dados compilados pelo desenvolvedor Jameson Lopp.
Família Bitcoin dá conselhos de segurança para outros investidores
Embora a maior recomendação seja manter um perfil discreto, isso não é possível para a Família Bitcoin. Isso porque eles se tornaram grandes educadores financeiros enquanto viajam pelo mundo.
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No entanto, Didi Taihuttu revelou que eles possuem um sistema complexo de segurança. Para começar, as chaves que dão acesso aos seus bitcoins estão divididas em quatro continentes.
Tal medida de segurança foi implementada ainda em 2021 pela família. No entanto, devido à onda de terror vivida recentemente por investidores ao redor do mundo, o assunto voltou à tona.
“Apenas tentando oferecer valor educacional por meio dessas entrevistas. É seguro? Eu não sei, mas escolhemos educar sobre o #bitcoin em vez de viver com medo, como a Família Bitcoin.”
Just trying to provide educational value through these interviews.
Is it safe? I don’t know, but we choose to educate about #bitcoin instead of living in fear as the bitcoin family 👊🏼
Great interview @KenzieSigalos 💪🏼
Not your keys not your #bitcoin
Ps: steel plates from… pic.twitter.com/00eMoMEy8L
— ₿ Didi Taihuttu ₿ ALLIN💥 (@Diditaihuttu) June 10, 2025
O vídeo aponta que Taihuttu e sua família estão usando placas de metal para gravar as palavras que dão acesso à maioria dos seus bitcoins. A Família utilizava carteiras de hardware no passado, mas optaram por essas placas para evitar possíveis backdoors e acesso remoto.
Além da revelação já espantar bandidos, que saberiam que não teriam chance de colocar as mãos nessas moedas, a estratégia também limita perdas. No mês passado, por exemplo, um italiano passou três semanas sendo torturado em um bairro nobre dos EUA para entregar seus bitcoins.
“Nós mudamos tudo”, disse Taihuttu à CNBC. “Mesmo que alguém me colocasse sob a mira de uma arma, eu não poderia dar mais do que o que está na minha carteira no celular. E isso não é muito.”
Dado que Taihuttu e sua esposa possuem três filhas, o casal se mostrou chocado com a tentativa de sequestro da filha de um executivo do setor no mês passado. O caso aconteceu na França, em plena luz do dia, país que a Família Bitcoin disse não estar interessada em visitar.
Família Bitcoin disse que já recebeu ameaças
Em outro trecho da conversa com a CNBC, Didi Taihuttu revela que sua família também já foi ameaçada. Desde então, eles estão procurando se expor menos nas redes sociais, embora isso faça parte de seus trabalhos.
“Ficamos em uma casa muito bonita por seis meses — então comecei a receber e-mails de pessoas que descobriram qual era a casa. Elas me alertaram para tomar cuidado, disseram para não deixar meus filhos sozinhos.”
“Então nos mudamos. E agora não filmamos mais nada”, comentou Taihuttu à CNBC. “É um mundo estranho no momento. Então estamos tomando nossas próprias precauções.”
Atenta às tendências e perigos do mercado, a Família Bitcoin já havia abandonado corretoras centralizadas antes mesmo da falência da FTX. Na data, o Bitcoin caiu para os US$ 16.800, mas eles não perderam às esperanças e continuaram com seu investimento.