Figurinha da Copa do Mundo explica na prática o valor do NFT, diz Júnior Borneli

Será que as figurinhas têm relação com ativos registrados em blockchain? Especialista viu lógica similar.

Com a explosão do interesse nos álbuns de figurinhas da Copa do Mundo, um empresário brasileiro diz acreditar que há relação dessa procura com os tokens não-fungíveis, que atendem pela sigla NFT.

A cada quatro anos, a empresa Panini é responsável pelo lançamento do álbum de figurinhas oficiais da Copa do Mundo FIFA. Em 2022, o torneio será disputado no Catar pela primeira vez.

E o álbum é uma lembrança para os fãs do futebol do maior evento do esporte entre seleções. Com a atuação na produção e comercialização dos álbuns, entre outros produtos, a Panini se tornou uma grande empresa com avaliação de bilhões de dólares.

A Panini é parceira da FIFA desde a Copa do Mundo de 1970, quando começou a produzir os famosos álbuns em um torneio que viu o Brasil sair como vencedor em seu tricampeonato.

Figurinhas da Copa do Mundo explicam na prática o que é um NFT, diz cofundador da StartSe

LinkedIn Top Voice e autor do best-seller “Organizações Infinitas”, o cofundador da StartSe, Júnior Borneli, reúne milhares de seguidores em suas redes sociais, onde costuma discutir sobre inovação.

E em uma publicação recente, Júnior explicou que o sucesso da Panini na impressão de figurinhas e álbuns de torneios do futebol tem crescido, sendo que na copa de 2018 foram 8 milhões de itens impressos por dia.

A empresa busca a digitalização nos últimos anos, mas seus álbuns podem explicar de forma interessante o conceito dos NFTs, disse Borneli.

“Aliás, os álbuns e figurinhas da Panini são uma boa fórmula lúcida de explicar, bem resumidamente, o que é NFT.”

Para o empresário, um NFT seria a mesma coisa que um item raro e exclusivo, como se o Neymar assinasse uma figurinha de um fã e presentear este com o colecionável.

Ao fazer isso, o jogador brasileiro teria criado um item único e diferente de qualquer outra figurinha lançada pela Panini. Júnior explicou que essa seria então uma figurinha não substituível, visto que ninguém teria incentivos para trocar essa por outra igual, mas sem a assinatura.

“Ela passa a ser um NFT (non-fungible token).”

Figurinha assinada por Neymar poderia ser convite para festa

Ao continuar sua explicação sobre a relação das figurinhas da Copa do Mundo com os NFTs, Júnior Borneli deu o exemplo de Neymar assinando 100 figurinhas, ou seja, criando uma coleção.

Em posse desses itens, os seus detentores poderiam ter “uma senha” para ingressar em uma festa dada pelo jogador, exemplo esse totalmente hipotético para explicar a relação entre os colecionáveis.

“Esses 2 exemplos acima explicam, de forma simples, um NFT. A primeira tem valor porque é rara, única, insubstituível. A segunda tem valor porque dá acesso a algo que não pode ser acessado.”

Para o especialista em inovação e empresas de bases tecnológicas, essa é a lógica das coleções digitais com NFTs, que são ativos exclusivos registrados em blockchain.

Ele lembrou, contudo, que isso é difícil de compreender quando se vê memes ou emojis valendo milhões de dólares, embora a lógica seja a mesma.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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