O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a falar sobre criptomoedas como Bitcoin, Ethereum e stablecoins nesta terça-feira (11) através de um relatório intitulado Conexões Crípticas. Na oportunidade, o FMI destacou que estes ativos estão cada vez mais populares, apesar disso mostra-se preocupado com a volatilidade.
No mês passado, o FMI já havia reconhecido que é impossível banir as criptomoedas já que isto está fora de seu controle. Mesmo assim a entidade parece não tirar os olhos da classe de ativos mais promissora do mundo.
Marcado por um período de forte aceitação entre gigantes como Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, o criptomercado também está formando novos bilionários, como o CEO da Binance, Changpeng Zhao. Sorte de quem não escutou o FMI anteriormente e acreditou na moeda.
Popularidade e volatilidade
No documento de treze páginas, o Fundo Monetário Internacional (FMI) dá destaque para a popularização do Bitcoin entre instituições e cita a correlação cada vez maior com o mercado tradicional. Apesar disso, ainda mostra-se desconfiado em alguns pontos como a volatilidade e o uso destes ativos em países emergentes.
É notável que 2021 tenha sido um ótimo ano para o BTC, além da aprovação de três ETFs de bitcoin nos EUA, vários fundos e instituições começaram a usá-lo como reserva de valor e investimento, como destaca o FMI.
“Criptoativos surgiram como uma classe de ativos cada vez mais popular entre investidores de varejo e institucionais”
Apesar disso, o FMI ainda mostra-se preocupado com a volatilidade de tais ativos, especialmente em países emergentes, “implicando em riscos de estabilidade financeira”, segundo a nota.
O ponto é que estes país com economias fracas são os que mais necessitam de criptomoedas, seja com Bitcoin ou até mesmo stablecoins pareadas no dólar. Afinal, este é o caminho mais curto para aqueles que querem se proteger da inflação, independente de seu tamanho. Como exemplo, temos o caso da Turquia.
Correlação com o mercado tradicional
Além de comparar a capitalização de mercado do Bitcoin com grandes companhias como Apple, Microsoft, Amazon e Google, o relatório também foca em como estes dois mercados estão cada vez mais próximos.
Como exemplo, o FMI destaca que movimentos de preço do Bitcoin e do S&P500 — índice de 500 ativos dos EUA — estão cada vez mais relacionados.
Isso prova que o BTC é um investimento como qualquer outro, ou seja, sua demanda e oferta é baseada em estímulos externos. Como exemplo, podemos citar a impressão de moedas fiduciárias e mudanças na taxa de juros, fazendo com que alguns players mudem suas posições.
Por fim, o relatório do FMI é mais uma constatação de uma criptomoeda como o Bitcoin é cada vez mais necessária, bem como sua tecnologia que permitiu a criação de outros recursos, como stablecoins que permitem uma exposição mais fácil a ativos internacionais.