Picareta e moedas físicas de Bitcoin.
Li Qunnan (40), diretor da Zhongchang Data, teve sua prisão decretada na última quinta-feira (2) na China. As acusações apontam que o diretor desviou dinheiro da empresa para comprar equipamentos de mineração de Bitcoin.
No total, Qunnan usou 53 milhões de Yuan, equivalentes a R$ 38 milhões, para não apenas adquirir as máquinas como também hospedar as mesmas. Contudo, a empresa alega que tais equipamentos não fazem parte das operações comerciais da mesma.
Listada na bolsa, a Zhongchang Data oferece serviços de big data e desenvolvimento de software. Outro ponto agravante no caso é a situação da mineração na China, onde tal atividade está banida desde maio do ano passado.
De acordo com registros da própria Zhongchang Data à bolsa de Xangai, seu diretor, Li Qunnan, teria falsificado documentos para adquirir equipamentos de mineração de Bitcoin nos últimos anos.
Sendo mais específica, a empresa aponta que Qunnan teria usado 53 milhões de yuan (R$ 38 milhões) para a compra e hospedagem das ASICs da Whatsminers. Por fim, também alega que seu diretor deixou o país após as acusações, não colaborando com as investigações.
“Ele deixou o país, mas não voltou para colaborar com a investigação dos órgãos de segurança pública, continua no exterior e, até a data deste anúncio, não informou o remetente e o endereço na China,” aponta o documento da Zhongchang Data.
Após meses de investigações, Qunnan teve sua prisão decretada na última quinta-feira (2) por suspeita de apropriação indébita de fundos. Apesar disso, tudo indica que o diretor ainda esteja fora da China e em liberdade.
Em sua defesa, Qunnan teria enviado uma declaração a administração da empresa, afirmando que não teria se apropriado dos fundos. Contudo, a empresa seguiu acusando seu diretor.
Agravando a situação do diretor da Zhongchang Data, outra questão é a legalidade do setor de mineração na China, país onde a empresa é sediada. Após banir a atividade em seu solo, em maio do ano passado, a China mostrou-se disposta a combater os que tentavam operar às sombras.
Com isso, o julgamento deste caso pode ser ainda mais rígido. Afinal, parece ser de interesse do Estado que este sirva de lição para outros conforme a China ressurgiu como a 2.ª maior mineradora de Bitcoin em recente estudo publicado no mês passado.
Comentários