Foragidos: Polícia Federal não encontra donos da Braiscompany

Justiça Federal mandou Braiscompany suspender parte de suas atividades.

A Polícia Federal deflagrou a Operação Halving contra a Braiscompany nesta quinta-feira (16), mirando inclusive realizar a prisão temporária contra dois alvos da empresa, que acabaram não sendo encontrados.

Chama atenção para o caso que a Braiscompany tinha como principais sócios Antônio Neto Ais e sua esposa, Fabrícia Farias Campos.

Em uma imagem divulgada pela PF nesta quinta, Antônio Neto aparece com sua foto em um documento, que na parte superior tem a palavra “alvo”.

Foto vazada pela Polícia Federal tem palavra alvo próxima de imagem de dono da Braiscompany, Antônio Neto Ais
Foto vazada pela Polícia Federal tem palavra alvo próxima de imagem de dono da Braiscompany, Antônio Neto Ais. Crédito: PF.

Conhecido como “Toin do Bitcoin”, a empresa do suspeito vem atrasando saques aos clientes desde dezembro de 2022, após promessas de lucros de 8% ao mês associadas ao mercado de criptomoedas.

O que diz a PF em nota?

Em nota divulgada ao público, a PF declarou que 2 mandados de prisão temporária foram cumpridos, além de 8 de busca e apreensão. Além disso, a Braiscompany recebeu a determinação de suspender parte de suas atividades.

“A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrou na manhã de hoje, 16/02, a Operação HALVING com o objetivo de combater crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais em tese cometidos por sócios empresa especializada em criptoativos.

Nos últimos 4 anos foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente 1,5 bilhão de reais em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos.

Foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão nos municípios de João Pessoa/PB, Campina Grande/PB e São Paulo/SP, 2 mandados de prisão temporária, sequestro de bens e a determinação da suspensão parcial das atividades da empresa investigada. Os crimes investigados são os previstos nos arts. 7º e 16 da Lei n.º 7492/86.

Este nome da operação é uma alusão ao aumento da dificuldade de mineração do bitcoin, que ocorre a cada 4 anos, período semelhante a ascensão e derrocada do esquema investigado.”

O que os artigos mencionados pela PF significam?

O artigo 7º da Lei n.º 7.492/86 prevê que empresas que negociem títulos sem autorização pode acarretar prisão de 2 a 8 anos de prisão, mais multa.

“Art. 7º Emitir, oferecer ou negociar, de qualquer modo, títulos ou valores mobiliários: I – falsos ou falsificados; II – sem registro prévio de emissão junto à autoridade competente, em condições divergentes das constantes do registro ou irregularmente registrados; III – sem lastro ou garantia suficientes, nos termos da legislação; IV – sem autorização prévia da autoridade competente, quando legalmente exigida. Pena – Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.”

Já o artigo 16 da mesma lei, de acordo com a redação oficial, prevê mais multa e prisão de 1 a 4 anos.

“Art. 16. Fazer operar, sem a devida autorização, ou com autorização obtida mediante declaração (Vetado) falsa, instituição financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio: Pena – Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.”

Ou seja, caso condenados, os suspeitos podem pegar uma pena de até 12 anos segundo as investigações iniciais sobre o caso.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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