Com duas palestras sobre criptomoedas de bancos centrais nos próximos dias, o Fórum Econômico Mundial começa neste domingo (24). Em 2021, o Fórum de Davos terá edição online.
Na abertura do WEF 2021, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado será uma das figuras presentes..
Contudo, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, não deverá participar do evento pelo segundo ano consecutivo. Nesta edição, o vice-presidente Mourão será o representante do governo brasileiro.
Entre temas importantes na economia mundial, o crescimento de um dos temas chama atenção dos governos. A substituição do dinheiro, hoje em espécie, por versões digitais será alvo de discussões em Davos.
Fórum Econômico Mundial volta a falar de criptomoedas de bancos centrais em 2021
Com a crise sanitária que atingiu o mundo em 2020, o Fórum Econômico Mundial reúne líderes de vários países para debater sobre vários temas em 2021.
Empresas também se unem aos líderes globais, para encontrar medidas que possam amenizar os efeitos da crise sanitária na economia mundial.
Mas um dos temas que deve ocupar alguns participantes de Davos é o das criptomoedas de bancos centrais. Na próxima segunda-feira (25), a palestra “Redefinindo moedas digitais” acontece com a participação cinco palestrantes.
Sheila Warren, chefe de Blockchain do WEF, Elizabeth Rossiello, CEO da BTC Africa S.A., Andrew Bailey, presidente do Banco Central da Inglaterra, Hikmet Ersek, CEO da Western Union e Glenn H. Hutchins, que recentemente ocupava uma cadeira no FED de Nova Iorque, são os participantes do painel.
De acordo com informações do WEF, a COVID-19 muda a relação das pessoas com o dinheiro no mundo.
“COVID-19 acelerou a mudança de longo prazo do dinheiro. Enquanto isso, as moedas digitais do banco central estão surgindo, potencialmente transformando a forma como as pessoas usam o dinheiro em todo o mundo.”, afirmou o WEF em apresentação ao painel
Segundo o WEF, as lideranças poderão debater sobre as perspectivas com relação às moedas digitais de banco central. O Fórum Econômico Mundial quer ajudar os países a traçar os caminhos para a criação correta das moedas digitais de banco central.
“Quais políticas, práticas e parcerias são necessárias para alavancar as oportunidades representadas pela ascensão das moedas digitais? Esta sessão está associada aos seguintes projetos e iniciativas do Fórum Econômico Mundial: Consórcio de Governança de Moeda Digital e Reimagining Regulation: Caminhos para às Moedas Digitais”, destacou o WEF
Segunda palestra conta com participação do FMI, que recentemente sugeriu criação de moeda digital mundial
No final de 2020, o Fundo Monetário Mundial (FMI) propôs a criação de uma moeda digital global. Na ocasião, até um possível “fim do Dólar” foi especulado pela instituição.
Em Davos, dessa vez no dia 28, uma segunda palestra sobre criptomoedas acontecerá. Chamada de “Redefinindo moedas digitais 2“, um dos participantes será Zhu Min, chinês que trabalha também no FMI.
Os outros três participantes serão Michael Casey (Coindesk), Tharman Shanmugaratnam (Ministro Sênior de Cingapura) e Sara Pantuliano (Overseas Development Institute).
Tema das criptomoedas de banco central é alvo de interesse até no Brasil
O Brasil é um dos países que estuda a criação de uma criptomoeda de banco central. Essa tecnologia, chamada de CBDC, não utiliza necessariamente a tecnologia blockchain, como o Bitcoin, por exemplo.
De acordo com fontes do governo, uma versão do Real digital poderia chegar aos brasileiros nos próximos anos. A expectativa é que até 2022 o Banco Central do Brasil já tenha em mãos o estudo sobre o tema.
Contudo, o debate do WEF sobre o tema não conta com nenhuma participação de brasileiros. Na agenda pública de Roberto Campos Neto, presidente do Bacen, e de Paulo Guedes, Ministro da Economia, não consta a participação no Fórum em nenhum dos dias.