Um fundo de hedge que lucrou nos últimos anos com bitcoin agora acredita que o melhor investimento é na Venezuela, país sul-americano que vive uma grave crise na economia há alguns anos.
Desde o início de 2022, os olhos do mundo viram um importante acontecimento na Ásia mudar tudo: a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Isso levou a uma enorme crise energética, que levou o presidente dos EUA, Joe Biden, a reconsiderar as sanções contra a Venezuela, país com grandes reservas de petróleo em uma região próxima.
O governo dos Estados Unidos já enviou uma delegação ao país e pode acabar com as sanções, abrindo as fronteiras venezuelanas, o que poderia causar uma reviravolta na economia local.
Fundo de hedge que lucrou com bitcoin acredita que comprar dívidas da Venezuela é um bom negócio
Como o governo da Venezuela era apoiado pela Rússia, os Estados Unidos se afastaram de Maduro e acabaram incluindo governantes e empresas do país em suas temidas listas de sanções.
Isso certamente causou um colapso na economia local, e para tentar driblar essas medidas, a Venezuela foi o primeiro país a criar uma criptomoeda própria, a Petro, moeda lastreada no barril de petróleo venezuelano.
Com a Rússia ocupada em sua guerra contra a Ucrânia, os EUA viram uma oportunidade de afrouxar as tensões geopolíticas em sua região e Biden parece disposto a liberar a Venezuela de sanções.
Em conversa com a Bloomberg, o gerente de fundo de hedge da Altana Wealth, Lee Robinson, que lucrou muito com exposição ao bitcoin em 2014, a Venezuela pode ser a nova oportunidade de ouro para investidores.
Isso porque, o país tem uma enorme dívida pública e emitiu notas, algumas das quais estão negociadas até em centavos de dólar hoje. Caso o país receba o perdão dos EUA, o governo de Maduro pode estruturar as dívidas e esse investimento pode se multiplicar na casa de milhões de dólar, acredita o estrategista.
Oportunidade deve durar só até novembro de 2022
Considerado um investimento de alto risco, visto que não está garantido que a Venezuela vai organizar sua economia, a empresa que administra 500 milhões de dólares em ativos segue firme em sua aposta.
E isso pode ser uma oportunidade com a janela a ser fechada em breve, visto que em novembro os EUA passam por eleições de meio de mandato, e os democratas da base de Biden devem tomar uma decisão sobre o assunto, disse para a Bloomberg.
Na América do Sul, a Venezuela foi o país que primeiro adotou as criptomoedas como meio de pagamento, primeiramente em ação da própria população, depois pelo governo que regulou o setor para tentar voltar a economia mundial.
