Um furto milionária em uma fazenda de mineração de bitcoin no Distrito Federal atraiu a atenção da polícia civil do DF. Assim, por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), a PCDF deflagrou a Operação Máquina Fantasma.
A operação está ligada à investigação de crimes relacionados à dissolução de uma sociedade empresarial de uma fazenda de mineração de criptomoedas.
Após a decisão dos sócios de dissolver a sociedade, ficou acordado que os equipamentos da fazenda seriam divididos entre eles.
No dia em que sociedade acabaria, furto milionário em fazenda de mineração de bitcoin no DF levou sócios a suspeitarem dos próprios funcionários
No dia marcado para a entrega de parte dos equipamentos a um dos empresários, uma situação anormal ocorreu. Isso porque, dois funcionários da fazenda, um diretamente empregado pela fazenda e outro de uma empresa prestadora de serviços, compareceram à 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião) e registraram uma ocorrência de roubo, alegando que todos os equipamentos que seriam entregues naquele dia haviam sido subtraídos por criminosos desconhecidos.
Segundo o relato, os funcionários foram abordados durante o transporte por uma caminhonete branca com três ocupantes, um deles armado. Sob grave ameaça, os criminosos teriam ordenado que os funcionários dirigissem até uma área rural em São Sebastião.
Quando o veículo apresentou problemas, os criminosos mandaram os funcionários correrem em direção ao mato. Ao retornarem, os funcionários alegaram que os equipamentos haviam sido roubados, o que motivou o registro de um boletim de ocorrência.
Entretanto, o proprietário dos equipamentos, ao ser informado do ocorrido, procurou a Polícia Civil, expressando desconfiança quanto à veracidade do relato feito pelos funcionários. A partir dessa suspeita, a Corpatri iniciou as investigações em janeiro de 2024.
A análise dos dados dos suspeitos revelou que os dois funcionários que registraram a ocorrência se associaram criminosamente com outro suspeito e, desde pelo menos 2021, furtaram diversos equipamentos da fazenda de mineração onde trabalhavam. Com o intuito de ocultar os furtos já cometidos, o grupo registrou a falsa ocorrência de roubo.
Operação Máquina Fantasma
Na deflagração da Operação Máquina Fantasma, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas regiões administrativas de Santa Maria e Gama. Conforme o objetivo da polícia era o de coletar novos elementos para fortalecer as investigações, os mandados colaboram com o procedimento.
Além disso, o Poder Judiciário determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 500 mil em nome de cada investigado, visando à reparação patrimonial da vítima.
Os três investigados responderão pelos crimes de comunicação falsa de crime, furto qualificado, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Com informações da PCDF.