Realizada na manhã da sexta-feira (9), a Operação “Novo Egito”, deflagrada pelo Gaeco do Ministério Público do Rio de Janeiro(MPRJ), envolve as operações criminosas do Faraó dos Bitcoins e possíveis cúmplices.
Preso por envolvimentos com crimes financeiros, Glaidson Acácio dos Santos também é suspeito de participar de assassinato na Região dos Lagos.
Os atos praticados enquanto a GAS Consultoria ainda funcionava tinha como intenção acabar com empresas concorrentes e seus líderes.
De acordo com informações divulgadas pelo G1, a nova operação é um desmembramento da Operação Kryptos, deflagrada pela PF em 2021.
Nova operação do GAECO/RJ mira cúmplices do faraó dos bitcoins
O Ministério Público do Rio de Janeiro saiu nas ruas da capital do Rio de Janeiro para mais uma ação contra o crime organizado no estado.
Segundo informações divulgadas sobre o caso, os alvos são cúmplices do Faraó dos bitcoins, empresário que aplicou golpes de pirâmides financeiras com criptomoedas em investidores de todo o Brasil. Sua empresa tinha sede em Cabo Frio (RJ), na Região dos Lagos.
Nas buscas realizadas por agentes do Gaeco do MPRJ chegaram até uma casa de uma delegada da Polícia Civil do Rio, suspeita de ter recebido propina do faraó dos bitcoins. A batida ocorreu em um condomínio na Barra da Tijuca, região nobre da capital carioca.
Ao todo são 17 suspeitos de cometer crimes de assassinato a mando de Glaidson, sendo que 12 já possuem mandados de prisão contra eles. Os outros possuem mandados de busca e apreensão.
Delegada suspeita de plantar operações contra concorrentes
De acordo com apurações do RLagos Notícias, a delegada alvo do Gaeco já era investigada pela Polícia Federal, que colaborou com a operação desta sexta.
Segundo levantamento das autoridades, ela estava na folha de pagamentos do Faraó dos bitcoins, informando a ele as ações da polícia civil contra seu negócio.
Além disso, a delegada é suspeita de deflagrar operações contra empresas concorrentes da GAS Consultoria a mando de Glaidson Acácio. Ela foi alvo de busca e apreensão, mas segue em liberdade por enquanto.
Quatro pessoas presas
O balanço da operação Novo Egito é de quatro pessoas presas. As buscas ocorreram tanto na capital do Rio de Janeiro quanto em Cabo Frio.
Essa é apenas mais uma ação contra o faraó dos bitcoins, que segue preso desde 2021, após suspeitas de crimes contra o sistema financeiro nacional, assassinato do “Rei do Pullback”, tentativa de assassinato de um concorrente, entre outros mais.
Tentando escapar e mudar sua imagem, o faraó chegou a se candidatar a Deputado Federal nas eleições de 2022. COntudo, foi impedido pelo TSE, mesmo com 38 mil votos.