O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS), em colaboração com o Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos do Ministério Público de Santa Catarina (CyberGAECO/MPSC) e a Polícia Civil de Bombinhas, deflagrou a segunda fase da Operação Anúncio Fake.
As ações também incluíram a execução de ordens judiciais que determinaram a indisponibilidade de bens, como imóveis, apreensão de veículos e bloqueio de contas bancárias e criptomoedas em corretoras.
Ao todo, mais de 40 agentes cumpriram seis mandados de prisão e sete de busca e apreensão em nove alvos localizados em Porto Alegre, Esteio e Alvorada.
Na primeira fase da operação, realizada em setembro de 2023, o foco foi desmantelar um esquema de falsos anúncios de aluguel de temporada em Balneário Camboriú e Bombinhas.
Agora, com base na análise dos materiais apreendidos, mais membros da organização criminosa, que operava a partir da Região Metropolitana de Porto Alegre, foram identificados, incluindo “laranjas” usados no esquema.
GAECO/RS ajuda a bloquear criptomoedas em corretoras e contas bancárias de golpistas
Em 2022, dois mandados de prisão e seis de busca foram cumpridos. Os golpistas utilizavam dados de anúncios e imóveis reais para conferir credibilidade aos falsos anúncios, atuando no litoral catarinense desde 2018.
Os crimes investigados incluem estelionato eletrônico, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Graças a técnicas de investigação cibernética, foi possível identificar não apenas os envolvidos no Rio Grande do Sul, mas também aqueles que emprestavam suas contas bancárias para a lavagem de dinheiro.
O inquérito confirma que as vítimas sofreram prejuízos financeiros significativos, frustrando os planos de férias de várias famílias que buscavam aluguéis de verão em Santa Catarina. O número exato de vítimas ainda está sendo contabilizado.
A operação atual também tem como objetivo a persecução penal, visando combater a corrupção e o crime organizado, além de buscar reparação para as vítimas.
Até o momento, pelo menos R$ 150 mil foram identificados nas contas dos investigados, com veículos e imóveis também sendo indisponibilizados pela Justiça.
O GAECO/RS não informou qual valor em corretoras de criptomoedas foi bloqueado por determinação da justiça.
Operações miram bloqueio de criptomoedas
Na última semana, também no Rio Grande do Sul, a Polícia e Receita Federal apreenderam bilhões de reais em criptomoedas e outros bens. Na operação eles buscavam suspeitos de cometer crimes de lavagem de dinheiro, entre outros.
Ao que tudo indica, as forças policiais brasileiras federais e estaduais adotaram a prática de bloquear criptomoedas e contas bancárias, mostrando que a moeda digital já entrou no radar das autoridades.