A possibilidade de receber os salários em Bitcoin começa a ser um assunto em alta, com pessoas de diferentes gerações se mostrando dispostas a isso.
Nas últimas semanas, a empresa deVere Group fez um estudo sobre o tema, com sua base de usuários mundial, ouvindo pessoas até na América Latina sobre este assunto. Essa empresa atua no ramo de consultoria financeira, fornecendo seus serviços no mundo todo.
O estudo foi publicado pelo site ETF Trends no site da Nasdaq, ao analisar o estudo que revelou o interesse dos mais jovens em receber seus salários com Bitcoin.
“Mais de um terço dos millennials e metade da Geração Z ficaria feliz em receber 50% de seu salário em Bitcoin e/ou outras criptomoedas, revela uma nova pesquisa. Os resultados de uma pesquisa global realizada pelo Grupo deVere, uma das maiores organizações de consultoria financeira, gestão de ativos e fintech do mundo, mostram que 36% dos nascidos entre 1980 e 1996; e 51% dos nascidos entre 1997 e 2012, iriam agradecer seus empregos por pagar em moedas digitais.”
Os dados surgem no mercado semanas após o tema ganhar repercussão em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, um deputado protocolou um projeto de lei para que salários sejam pagos em criptomoedas, após funcionários realizarem acordos com seus empregadores.
Já nos Estados Unidos os prefeitos das cidades Miami e Nova Iorque declararam publicamente que vão receber os salários deles em Bitcoin. Ou seja, a tendência mundial é que mais pessoas prestem atenção na moeda.
CEO da deVere acredita que Bitcoin é um escudo contra a inflação
Se mais pessoas querem receber salários em Bitcoin pelo mundo, sendo estas de diferentes gerações, um fenômeno que pode explicar este interesse é o da inflação nos países, que afetam as moedas nacionais.
Segundo Nigel Green, CEO e fundador da deVere, os últimos dados da inflação dos EUA vão causar temores no mercado ainda. Para 2022, ele acredita que os índices inflacionários do Reino Unido e Europa também ficarão sob pressão, mostrando que o problema é global.
Ele acredita que o preço do Bitcoin e demais criptomoedas então continuem a subir, pelo menos até o segundo trimestre do próximo ano, que seria quando pressões começariam a perder força.
O investidor lembrou que a moeda digital protegeu mais os investidores que o ouro, mostrando ser um importante mecanismo de proteção ao patrimônio durante uma crise. Esse dado contrasta com o interesse das pessoas em investir na moeda, sendo o recebimento do salário uma das formas de se obter Bitcoin.
“O Bitcoin é amplamente considerado um escudo contra a inflação, principalmente por causa de sua oferta limitada, que não é influenciada por seu preço. Neste período inflacionário, o Bitcoin superou o ouro, que foi quase universalmente aclamado como a proteção definitiva contra a inflação – até agora”.