A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) divulgou um recorte de um estudo sobre investimentos nos últimos dias. De acordo com o material, que buscou entender sobre os investidores de diferentes faixas etárias, a Geração Z se mostrou ser aquela com mais conhecimento em criptomoedas.
A pesquisa, feita em parceria com a Datafolha, ouviu 3,4 mil pessoas economicamente ativas das classes A, B e C em todas as regiões do país.
O conteúdo compartilhado com o Livecoins ainda é apenas um recorte da edição anual que será publicada pela ANBIMA.
Geração Z supera os Millennials em conhecimentos sobre criptomoedas
Um debate de gerações nas últimas semanas acabou popularizando o termo “cringe“, mais uma gíria que nasce na internet e que significa comportamento cafona.
Vendo o debate entre as gerações, a ANBIMA divulgou um recorte sobre a diferença das gerações em relação aos investimentos.
Segundo o estudo, 43,1% dos millenials (25 a 40 anos) escutados não conhecem nada sobre investimentos.
Já a geração Z (9 a 24 anos) sabe menos ainda sobre como investir, sendo 51,8% dessa faixa etária a desconhecer os mecanismos para se rentabilizar o dinheiro.
Apesar do menor conhecimento em investimentos, a Geração Z acabou superando as demais quando o assunto são as criptomoedas.
Com 6,3% dos respondentes cientes dos assuntos relacionados ao Bitcoin, essa é a principal faixa etária a demonstrar interesse no assunto. Dos respondentes dessa geração, 2,8% dos jovens já afirmaram ser investidores de moedas digitais, a maior porcentagem dentre todas as gerações, disse a ANBIMA.
A geração Z ainda demonstrou mais conhecimento sobre o assunto de ações que demais gerações (26%).
A ANBIMA ainda não divulgou qual a porcentagem das demais gerações conhecem sobre criptomoedas, mas já mostra que a geração mais nova já está atenta ao assunto.
Geração Z ainda é jovem para entender muito sobre investimentos
Se os mais novos estão nos mercados considerados “mais arriscados” por muitos investidores, os mais velhos estão em locais que não conseguem nem garantir uma rentabilidade acima da inflação anual.
Esse pode ser o caso da geração X (41 a 56 anos), que é a que mais investe na caderneta de poupança, com 32,5% dos entrevistados nessa modalidade. Dessa geração, 48% dos entrevistados ainda afirmaram não terem conhecimentos em investimentos.
Mas para Marcelo Billi, superintendente de Comunicação da ANBIMA, é natural que a geração Z ainda esteja utilizando pouco os investimentos como mecanismo, visto que começou sua atividade financeira recentemente.
“É natural que a geração Z apresente menor conhecimento sobre o tema porque reúne muitas pessoas que começaram a trabalhar recentemente e são poucas as que pensam em planejamento financeiro e investimentos nessa etapa da vida”.
Mas se a geração Z está realmente preocupada em entender sobre o Bitcoin e evitar o “cringe” nos investimentos, na visão do dono do site Bitcoin.org, Cobra, os jovens devem se preocupar com estudar os fundamentos da criptomoeda para compreender a tecnologia e não odiá-la.
“A coisa mais importante para o Bitcoin na próxima década é garantir que a Geração Z não sofra lavagem cerebral pelo sistema para que o odeie.”
The most important thing for Bitcoin in the next decade is making sure Gen Z aren’t brainwashed by the establishment into hating it.
— Cøbra (@CobraBitcoin) July 4, 2021