A Fidelity, gestora que administra US$ 4,9 trilhões em ativos, acredita que mais países adotarão o Bitcoin em 2025. Em relatório publicado nesta terça-feira (7), a empresa dá destaque para o ritmo da aceleração do Bitcoin e faz previsões para o ano.
Um dos pontos mencionados é o projeto de lei apresentado pela senadora americana Cynthia Lummis. Caso aprovado pelo governo Trump, a Fidelity acredita que isso colocará a “teoria dos jogos políticos e financeiros em ação”, fazendo com que outros países também comprem BTC.
“No entanto, se essa estratégia for adotada, é provável que os Estados-nação comecem a acumular Bitcoin em segredo”, comenta a gestora.
Nomes como Philip Karageorgevitch, príncipe da Sérvia, acreditam que isso já esteja acontecendo. O Butão, por exemplo, passou anos minerando Bitcoin secretamente, o que reforça essa teoria.
Fidelity acredita que 2025 será marcado por uma corrida de países pelo Bitcoin
Muitos bancos centrais possuem toneladas de ouro em suas reservas. Conforme o Bitcoin é visto como um ouro digital por conta de sua escassez e tendência à valorização frente a moedas estatais, faz todo sentido que esses mesmos países também estoquem a criptomoeda conforme o mercado amadurece.
Para a gestora Fidelity, que administra o FBTC, segundo maior ETF de Bitcoin do mundo, essa corrida pode acelerar em 2025 com a chegada de mais pioneiros seguindo os passos de pequenos países como El Salvador e Butão.
“Pode-se perguntar quem será o próximo investidor significativo a adicionar bitcoin às suas carteiras. É aí que entram os Estados-nação e os governos.”
Citando países como EUA, China, Reino Unido, Ucrânia, Butão e El Salvador, a Fidelity aponta que alguns deles possuem bitcoins só porque os confiscaram de criminosos. De qualquer forma, a gestora aponta que isso está prestes a mudar.
“Esperamos que 2025 seja o ano em que isso mudará, tanto em termos de aceitação quanto de adoção”, escreveu a Fidelity. “Em outras palavras, antecipamos que mais Estados-nação, bancos centrais, fundos soberanos e tesouros governamentais buscarão estabelecer posições estratégicas em bitcoin.”
O governo Trump poderá ser decisivo nisso. Afinal, conforme os EUA são a maior economia do mundo, sua adoção poderá influenciar outros países, aliados ou não.
Além do Bitcoin
Outro ponto analisado pela gestora é o crescimento da indústria de criptomoedas através de produtos tokenizados. Citando o sucesso das stablecoins, a Fidelity questiona os leitores sobre outros casos de uso dessa mesma tecnologia.
“O mercado começou a introduzir conceitos inovadores em torno da tokenização, mais notavelmente tesouros tokenizados, fundos do mercado monetário, títulos globais, crédito privado, commodities, fundos institucionais e ações”, escreveu a Fidelity.
“O valor nominal total de ativos do mundo real em blockchain atualmente é de US$ 14 bilhões, um aumento em relação aos US$ 8 bilhões de 2023.”
A expectativa da gestora é que esse número dobre em 2025, principalmente pela entrada de players tradicionais, como grandes bancos.