Um golpe chamado “Bitcoin Lucro” está utilizado a imagem do bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann, como um suposto investidor do esquema que promete rendimentos garantidos para suas vítimas.
De acordo com um site ao que o Livecoins teve acesso, Lemann aparece como um investidor que descobriu um segredo de riqueza. Além disso, depoimentos falsos de pessoas se dizendo felizes aparecem no site para convencer vítimas a investir no negócio.
Chama atenção ainda que a imagem da Jovem Pan News, Jornal Nacional, CBN e The Rio Times são citadas pela fraude.
O que é o golpe de bitcoin utilizando a imagem de Jorge Paulo Lemann?
O golpe que utiliza a imagem de Jorge Paulo Lemann, hoje chamado Bitcoin Lucro, já é um velho conhecido pelo mundo.
Conhecido anteriormente como Bitcoin Revolution, Bitcoin Loophole e outros diversos nomes, a fraude tenta atacar principalmente em grupos de WhatsApp.
A fraude é compartilhada por meio de links para sites não indexados no Google, que operam com pouco destaque nas buscas. Mesmo assim, a fraude capta investidores desatentos e iniciantes, que acreditam nos depoimentos dos bilionários, que são falsos.
Recentemente, por exemplo, o dono da Havan, o empresário Luciano Hang teve sua imagem utilizada no mesmo golpe, o Bitcoin Code. As propostas são sempre as mesmas, grandes lucros rápidos, mas a fraude segue impune ao operar apenas pela internet em vários países pelo mundo.
O próprio Lemann já conta com sua imagem em páginas do golpe, detectado pelo Livecoins em 2020. Na ocasião, o Bitcoin Loophole dizia que o bilionário compartilhou o segredo da riqueza em uma entrevista censurada por bancos. O mesmo texto consta nas páginas do Bitcoin Lucro hoje.
Ou seja, é importante que investidores de bitcoin e criptomoedas fiquem em alerta para o golpe, evitando clicar em links suspeitos da fraude.
Crise na Americanas pode ter levado golpistas a utilizar imagem do bilionário
A imagem de Jorge Paulo Lemann tem passado por um momento delicado nos últimos dias, visto que ele é um dos três sócios da Americanas, ao lado do Marcel Telles e Carlos Alberto Sucupira. O trio detém investimentos na casa de 40% das ações da empresa de capital aberto, além de serem sócios da Ambev.
Como a Americanas detectou um rombo contábil de 40 bilhões de reais no início de janeiro, os sócios ficaram em destaque. No último domingo (22), pela primeira vez desde a crise, os três declararam não ter conhecimento sobre o rombo contábil, indicando que sempre se pautaram pela ética nos negócios.
A carta aberta ao mercado ainda destaca que os administradores confiaram na PwC e nos administradores financeiros da empresa, que nunca indicaram problemas.
De qualquer forma, a crise na Americanas segue sob apuração da CVM e do mercado financeiro do Brasil.