O Governo Federal do Brasil, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), lançou uma versão em inglês do “Guia de Economia Circular inclusiva para cidades e regiões”. Inicialmente publicado em novembro de 2025, o guia tinha apenas uma versão em português brasileiro.
Lançado inicialmente durante a COP30 em Belém (PA), o documento incentiva prefeituras brasileiras a buscaram uma economia circular. Assim, a chamada economia linear pode cair em desuso, o que para o MMA se traduz em ganhos para as economias locais.
Apuração da reportagem indica que o material apresenta as vantagens da tecnologia blockchain nas economias circulares.
“A inovação digital também desempenha um papel crucial na implementação de uma economia circular nas cidades. Tecnologias como inteligência artificial e blockchain podem ser usadas para otimizar a logística de coleta e processamento de resíduos, melhorar a eficiência das cadeias de suprimentos e garantir a rastreabilidade dos materiais ao longo de todo o seu ciclo de vida. Isso permite que as cidades monitorem os fluxos de recursos com mais eficácia, garantindo que os resíduos sejam minimizados e que os materiais sejam redirecionados para novos usos“, diz o guia oficial do Governo do Brasil.
Assinam o guia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e a Ministra Marina Silva.
Vale destacar que no Brasil há projetos de economia circular em andamento com uso de bitcoin como moeda, como o projeto Bitcoin Beach em Jericoacoara (CE), que aguarda um sinal positivo do governo do Ceará para criar um banco comunitário.
Guia surge em resposta a demanda histórica
O material original publicado em 14 de novembro surge como resposta a uma demanda histórica. O secretário nacional de Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Maluf, falou do número de solicitações pela Lei de Incentivo à Reciclagem (LIR).
Segundo Maluf, a LIR é um “motor de investimentos” e recebeu, até o final de outubro, 952 projetos de reciclagem e o pedido de R$ 2,2 bilhões em investimentos. Um terço desses recursos é destinado a cooperativas de catadores.
“A transformação de uma economia linear para circular gera muitas oportunidades, cria empregos e é benéfica do ponto de vista econômico, social e ambiental”, disse.
Representantes de organizações da sociedade civil, do movimento de catadores, do governo federal e de municípios participaram do lançamento do guia. “Essa participação diversa reforça a importância de envolver as esferas legislativas subnacionais no avanço das leis tanto quanto as prefeituras, que são atores-chave na gestão de resíduos”, destacou o secretário.
