Governo Lula começa a rastrear operações com bitcoin e criptomoedas

Ministério da Justiça assinou contrato com empresa após leilão (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) do atual Governo Lula começou a receber os acessos aos softwares destinados a rastrear operações com bitcoin e criptomoedas no Brasil. A assinatura do contrato ocorreu no dia 23 de outubro, mas sua publicação veio a público apenas na quarta-feira (29).

A medida, anunciada pelo Livecoins em junho de 2025, se dá após a abertura de um edital público de contratação. Desta forma, a intenção da Secretária Nacional de Segurança Pública era o de contar com 51 acessos ao sistema.

Além disso, a solução que deve ficar ativa por 36 meses e sob a responsabilidade da Polícia Federal deverá incluir funcionalidades em rastreio não apenas em bitcoin. Isso porque, a solução deve ampliar a busca em redes como Ethereum, Tron, Dash, XRP e várias outras.

“O objeto do presente instrumento é a contratação de software para localização, rastreamento e análise de transações com criptoativos, baseadas em blockchain, nas condições estabelecidas no termo de referência (31846449)“, dizia o edital do leilão público agora encerrado.

Empresa fundada em 2003 vence leilão com preço unitário de R$ 170 mil por acesso à ferramenta de rastreio de bitcoin e criptomoedas para Governo brasileiro

A concorrência que participou do leilão aberto pelo governo brasileiro contou com a participação de várias empresas. A vencedora foi a empresa de Brasília (DF) chamada Iafis Systems do Brasil Ltda, fundada em 2003 e que adicionou um novo sócio ao seu quadro em julho de 2025, em meio ao leilão.

Com participação no leilão indicando um preço unitário de R$ 170 mil por acesso, a empresa receberá R$ 8,6 milhões do governo brasileiro pelo prazo determinado no edital. Vale destacar que os planos federais indicavam um valor máximo de R$ 49 milhões para a contratação, que chegou a ser adiada uma vez.

Agora tudo indica que o Governo Lula começa a rastrear operações no Brasil envolvendo bitcoin e outras criptomoedas.

O objetivo público divulgado pelas autoridades é o de combate ao crime organizado no país, que cresce o uso dos criptoativos em processos de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Veja quais empresas participaram e qual foi a oferta de cada uma

A concorrência para fornecer essa tecnologia estratégica para o governo atraiu 12 empresas especializadas.