Uma polêmica tem crescido no mundo do dinheiro impresso por governo, de forma que um economista defende que um país não pode funcionar sem a ferramenta. Para isso, uma das defesas da Teoria Monetária Moderna (MMT) é que governos devem imprimir mais, sem se preocupar com dívidas nacionais.
De fato é polêmico o tema, uma vez que as dívidas nacionais estão no auge histórico. A dívida pública dos EUA, de acordo com o USDebtClock, só aumenta. Mais de U$ 23 trilhões são devidos externamente pelos EUA.
O Bitcoin é uma moeda que nasceu em meio a um ambiente de dívida, prometendo ser a solução para a população. Os diferentes formatos de condução do sistema financeiro tem causado tensão na população, que não sabe a melhor forma de conduzir suas finanças de forma sustentável.
A atual economia praticada pelas maiores potências é baseada na Teoria Keynesiana. Essa teoria defende a ação do estado na economia, ou seja, ambas as instituições seriam ligadas.
No cenário atual, o papel é representado pelos Bancos Centrais. Tais bancos, órgãos governamentais, possuem a função de controlar, emitir e fiscalizar o dinheiro dos países, influenciando diretamente na construção da economia estatal.
Em um avanço desse pensamento, de acordo com Warren Mosler, nenhum governo pode exercer sua função sem dinheiro. Para isso, a forma de emitir dinheiro deve ser fácil, sem a preocupação de aumento de gastos públicos.
Para Mosler, um “governo ficar sem dinheiro é igual a um estádio de futebol sem gols”. A teoria defende que um país não precisa se preocupar com dívida nacional e nem com deficit, que é a diferença entre receita e despesa de um governo.
Dessa forma, alguns governantes pelo mundo tem se encantado com a promessa da Teoria Monetária Moderna. No Reino Unido, de acordo com a BBC, políticos prometeram centenas de bilhões antes das eleições que coroaram Boris Johnson na última quinta (12). Além disso, nos EUA, a deputada Ocasio-Cortez é uma das maiores defensoras da nova política de gastos públicos.
Em agosto de 2019, o Instituto Mises Brasil foi um dos que se levantou para criticar a nova proposta de condução monetária no mundo. De acordo com Nicolás Cachanosky, a Argentina falhou em implementar a MMT.
Um dos motivos seria que a não preocupação com o déficit, que levou a um alto cenário de inflação. Cabe o destaque que a Argentina vive uma séria crise financeira, com o peso argentino vivendo tempos de hiperinflação.
Na prática, isso significa que a população argentina perde seu poder de compra com a moeda local. Mesmo sendo uma economia dolarizada, a Argentina é um dos principais países a registrar o problema da alta inflação. Tal cenário, levou a volta à presidência o partido da ex-presidente Cristina Kirchner, após falhas graves de Maurício Macri.
Certamente há quem defenda que um governo não possa ficar sem dinheiro, sendo o cenário crescente no mundo. O fim da década mostra que, após passar dez anos cortando gastos, governantes resolveram mudar sua visão.
Para Jimmy Song, que participou da sétima edição da laBitConf, no Uruguai, a América Latina mostra a verdade ao mundo. Com governantes cada vez mais abrindo as impressoras de moedas fiduciárias, o Bitcoin poderia resolver isso.
Um dos motivos é que o Bitcoin é uma boa reserva de valor. Isso porque, com o tempo, a moeda digital tem se mostrado uma proteção a desvalorização feita por emissão em massa de moedas fiduciárias, chamada também de expansão monetária.
De acordo com Song, a América Latina é um dos principais locais a considerar o Bitcoin como aposta contra os bancos centrais. Nesta região, lembrou o entusiasta, as populações já sabem que os bancos centrais são grandes problemas, logo o Bitcoin é a melhor maneira de evitar isso.
Caso o Bitcoin, como apontado Por Jimmy Song, corrija isso, um problema pode acontecer para governantes. Isso porque a facilidade de um governo ficar sem dinheiro seria enorme, se opondo a teorias como a MMT e Keynesianas.
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