Greenpeace declara guerra contra o Bitcoin e elogia o Ethereum

O consumo de energia de uma criptomoeda se resume à prova de trabalho, um mecanismo para alcançar consenso e proteger a blockchain por meio de energia.

O Greenpeace dos EUA declarou guerra contra o Bitcoin, afirmando que a moeda digital tem um código “desatualizado”. Em um tweet o grupo ambientalista disse que o mecanismo de mineração do Bitcoin (PoW) está contribuindo para uma crise climática.

As afirmações do Greenpeace foram feitas após a recente atualização do Ethereum, que mudou o algorítimo de consenso de prova de trabalho (PoW) para prova de participação (PoS).

“O Ethereum acabou de provar que as criptomoedas não precisam prejudicar o meio ambiente”, disse a organização, criticando o Bitcoin por consumir mais eletricidade do que “países inteiros”.

Mineração de Bitcoin

O consumo de energia do Bitcoin pode variar à medida que as condições do mercado mudam, mas geralmente aumenta com o tempo à medida que a indústria de mineração do Bitcoin se expande.

De acordo com o site de análises Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index, o limite máximo de consumo teórico do Bitcoin é de aproximadamente 159,63 TWh. O mesmo que países inteiros consomem.

O consumo de energia de uma criptomoeda se resume à prova de trabalho, um mecanismo para alcançar consenso e proteger a blockchain por meio de energia. Os mineradores gastam energia na corrida para validar as transações, onde os validadores são recompensados ​​com bitcoins.

Na medida que o preço do Bitcoin aumenta, eles têm um incentivo para queimar mais energia para ganhar recompensas adicionais.

Sobre este processo, o Greenpeace afirmou que o sistema do Bitcoin incentiva os mineradores a “trazer de volta à vida” as antigas usinas de carvão e gás, “alimentando uma crise climática”.

“Não deveria ser assim. Ethereum – um dos principais concorrentes do Bitcoin – acaba de mudar seu sistema de código para reduzir o consumo de energia em 99,95%.”

O Greenpeace criticou o Bitcoin também em março, depois que o cofundador da Ripple, Chris Larsen, financiou uma campanha de US$ 5 milhões para ver o Bitcoin fazer a transição para a prova de participação.

A organização convocou bilionários de tecnologia relacionados ao Bitcoin, incluindo Jack Dorsey e Elon Musk, para divulgar sua pegada energética.

Bitcoin gasta energia?

Os especialistas em Bitcoin discordam das afirmações do Greenpeace. o Fundador do Twitter, por exemplo, deixou claro seu desgosto pelos protocolos de prova de participação depois de compartilhar um post exaltando a superioridade do algorítimo de mineração do bitcoin.

O presidente executivo da MicroStrategy, Michael Saylor, também defendeu a mineração de bitcoin.

“[A pegada de carbono do Bitcoin] dificilmente teria sido notada se não fosse pelas atividades competitivas de marketing de guerrilha de outros promotores e lobistas de criptomoedas que buscam chamar atenção negativa para a mineração Proof of Work”.

Ele também levantou a questão de quanto as emissões globais cairiam se a transição ocorresse. Estima-se agora que o Bitcoin seja responsável por cerca de apenas 0,08% das emissões globais, o que parece ser muito pouco para despertar atenção de ambientalistas.

Além disso, a atualização do Ethereum não resolveu o suposto problema de consumo de energia, já que os mineradores agora simplismente estão minerando outras criptomoedas, como o Ethereum Classic.

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