A ativista Greta Thunderberg não confessa de forma pública conhecer o Bitcoin, moeda digital. Contudo, um recente relatório sobre a mineração da moeda poderia fazer com que a ativista gostasse dessa tecnologia.
No último mês de setembro de 2019, um evento sobre Clima em Nova Iorque aconteceu com participação de várias agências do mundo. Dentre os palestrantes, estava a jovem de 16 anos Greta Thunderberg, que polemizou.
Greta Thunderberg ficou famosa durante apresentação na Climate Action Summit 2019
Greta afirmou que os políticos não cuidam do meio ambiente para as gerações futuras. Além disso, seriam marcados pela história com suas ações de pouco combate às alterações climáticas. Greta teria dito que os governantes “roubaram seus sonhos” ao não cuidar do futuro, fala que repercutiu no mundo todo.
A jovem de origem sueca é conhecida pela sua luta contra poluição e emissão em massa de CO2. Durante o evento em que Greta ficou famosa, o controle da temperatura global foi outro ponto defendido pela ativista. Assim como o Bitcoin, Greta tem sérios problemas com os atuais governantes.
Impactos ambientais da mineração do Bitcoin não são tão grandes quanto se imaginava, sugere estudo
A moeda digital chamada de Bitcoin, utiliza o consenso Proof-of-Work (PoW) para validar transações em sua rede. Além disso, a segurança depende do PoW, uma vez que não há um banco central por trás da emissão da moeda. O Bitcoin não possui relação com governos também, visto que é descentralizado.
De fato, os impactos ambientais com essa atividade de encontrar novos bitcoins eram estimados como altos. Com isso, a moeda tem sido recorrentemente acusada de ser contra o meio ambiente.
As preocupações com o meio ambiente certamente repercutiram com Greta Thunderberg, em um tema sensível para a comunidade Bitcoin. Contudo, um relatório produzido pela ACS (American Chemical Society), suavizou essa culpa.
A equipe de cientistas da ACS, buscou conhecer melhor este cenário para entender os reais impactos que o Bitcoin causa ao meio ambiente. Cabe o destaque que era estimado, até então, que a energia consumida pela moeda era alta e continuava a crescer, assim como a emissão de CO2.
Critica aos outros estudos sobre o tema
A equipe de cientistas da ACS utilizou a metodologia Avaliação de Ciclo de Vida para este estudo. Além disso, os cientistas afirmaram que, ao contrário do imaginado em outros estudos, a energia gasta pelo Bitcoin, assim como a emissão de carbono no meio ambiente, foram abaixo do esperado em 2018.
A equipe que produziu o relatório afirmou que foi muito difícil produzir este recente estudo, publicado no último dia 20 de novembro. Dentre as dificuldades estariam, por exemplo, na falta de dados precisos sobre os fatores que determinam o impacto do Bitcoin no meio ambiente.
Em outro ponto, os cientistas afirmaram que a falta de uma estrutura metodológica robusta foi um grande obstáculo. Ou seja, os estudos realizados até então não tinham analisado com profundidade a questão da mineração do Bitcoin em relação ao meio ambiente.
Os cientistas apontaram que, enquanto o hashrate aumenta, é possível que o consumo de energia e degradação ambiental diminua. Isso seria porque os chips de mineração tem sido cada vez mais eficientes. Outro ponto que chama atenção é para os mineradores, visto que estão distribuídos geograficamente.
Por fim, o novo relatório pode colocar o Bitcoin alinhado com as preocupações de Greta Thunderberg, em sintonia com um futuro melhor para o meio ambiente.