Um grupo de hackers alega ter invadido os sistema das Claro, NET e Embratel, supostamente este é o mesmo grupo que invadiu sites do Ministério da Saúde no início deste mês.
O anúncio do hack afirma que o grupo teve acesso a mais de 10 petabytes (PB) de dados, ou seja, 10.000 terabytes (TB). Ou seja, com uma internet de 1 Gbps demoraria quase 3 anos para fazer o download de todos os arquivos.
Talvez devido ao tamanho, os hackers alegam que obtiveram apenas uma parte dos dados, porém importantes, como informações sobre pedidos de escuta telefônica, documentos jurídicos, código-fonte e emails.
Outros sistemas que foram atacados recentemente foram dos Correios, Polícia Federal e PRF, todos
Grupo pede resgate
Após publicar telas que aparentam ser dos sistemas internos da Embratel, NET e Claro, o grupo publicou uma tentativa de extorsão, afirmando que apagará os dados em troca de uma pequena recompensas.
Caso as empresas não cooperem, afirma o grupo, eles serão forçados a compartilhar tais dados com o público. Notando especialmente dados mais sensíveis como escutas telefônicas, que podem atrapalhar investigações policiais em curso no Brasil.
O grupo hacker Lapsus$ assumiu a autoria do ataque, mas não deixou claro se quer a recompensa paga em criptomoedas em seu pronunciamento.
Claro apresentou problemas nesta semana e Procon-SP cobrou explicações
Diversos usuários reclamaram de quedas no sistema da Claro nesta semana. Dentre os comentários, iniciados no domingo (26), é possível encontrar problemas com seu aplicativo, sinal de telefone e outros serviços da empresa.
Até mesmo o Procon de São Paulo precisou noticiar a empresa, podendo levar uma multa milionária por conta desta instabilidade que pode ter ligação com o possível ataque do grupo acima.
“O Procon-SP notificou a Claro S/A solicitando esclarecimentos sobre notícias veiculadas na imprensa informando falhas em seus canais de atendimento. Consumidores relataram dificuldades para realização de recarga de celular, bloqueio de linhas móveis em caso de roubo, entre outros.
A empresa deverá explicar por quais razões os consumidores ficaram impossibilitados de entrar em contato com a operadora, que tipos de atendimentos foram afetados e prejudicados, por quanto tempo perdura o problema, quais providências foram adotadas para solução das demandas, além de esclarecer qual plano de ação foi adotado para ressarcimento dos valores relativos aos serviços não prestados.”
Ainda não é possível saber se a Claro negocia com os hackers o acesso aos dados e se realmente a empresa foi alvo de ataque.
Embora os sistemas tenham voltado ao normal nesta quarta-feira (29), a Claro não se pronunciou sobre o ocorrido publicamente até o fechamento desta matéria. Da mesma forma, Embratel e NET também não emitiram nota oficial até o momento.