O grupo islâmico Hamas, considerado por alguns países como terrorista, está pedindo doações em Bitcoin através de suas redes sociais.
O Bitcoin é uma moeda digital descentralizada, isto é, não possui empresas e nem governos por trás de sua operação, assim, qualquer pessoa interessada em realizar transações financeiras pode utilizar esta criptomoeda.
Dito isso, o grupo Hamas, um dos maiores grupos islâmicos do mundo árabe e que possui grande força na palestina, está pedindo doações na moeda digital de modo a evitar sanções de países que os consideram terroristas, como os EUA e Europa.
Este grupo está em constante combate com forças israelenses pela disputa de territórios na região da Palestina no Oriente Médio, sendo que o último acerto de trégua entre as partes foi firmado em novembro de 2018.
Só que a doação em Bitcoin pedida pelo grupo pode dar o tom de que o clima bélico continua quente e pode estar com os dias contados novamente.
De acordo com publicação da Bloomberg, citando postagem de Abu Obeida em sua conta no Instagram, “O inimigo sionista luta contra a resistência palestina tentando reduzir a ajuda à resistência por todos os meios, entretanto, os amantes da resistência mundial lutam contra essas tentativas sionistas e buscam todos os meios possíveis para ajudar a resistência”. Dentre os meios, surge o BTC como uma opção.
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, por volta do ano de 1948, foi anunciada a criação do estado de Israel que foi firmado na região do Oriente-Médio, mas mesmo assim, vários países árabes não concordam com a presença dos judeus no local e vivem em guerras desde então.
O Brasil, apesar de ter se aproximado de Israel com o governo Bolsonaro, não considera o Hamas como um grupo terrorista, mesmo assim, anda com as relações abaladas desde que anunciou a mudança da embaixada brasileira para Jerusalém, algo que para os palestinos e o Hamas é uma afronta.
