Dois hackers, presos em Santos (SP), no início de 2023, acabaram de ser denunciados para a justiça após tentarem extorquir o Banco de Brasília em outubro de 2022, quando exigiram 50 bitcoins como pagamento para não vazarem dados da instituição.
O crime de estelionato investigado pelas autoridades resultou na prisão dos principais envolvidos. Além disso, documentos e equipamentos eletrônicos utilizados para chantagear o banco também foram apreendidos.
O Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), apurou o caso. Segundo a investigação, os suspeitos conseguiram invadir os sistemas do Banco de Brasília.
Após a invasão, eles passaram a pressionar os gerentes que procuraram as autoridades. Com a denúncia para a justiça, os hackers deverão responder pelos seus crimes.
Hackers pediram 5 milhões de reais em bitcoin para o Banco de Brasília
De acordo com o MPDFT, os crimes ocorreram ainda em outubro de 2022, quando os hackers efetuaram a ação criminosa.
No início de 2023, conforme apurado pelo Livecoins, os hackers foram presos na cidade litorânea de Santos, em São Paulo. O principal suspeito, preso na ação, acabou deixando em seus documentos provas do envolvimento de um segundo hacker.
Na denúncia enviada a justiça, a investigação aponta que eles conseguiram acessar os sistemas do banco da capital e várias informações de clientes. Assim, passaram a ameaçar os gestores do BRB, indicando que poderiam vazar tudo na deep web e imprensa.
Com isso, ao praticar o crime de estelionato, os hackers pediram R$ 5,2 milhões em bitcoin ao Banco de Brasília, mas nunca receberam tais valores. Em moeda digital, o valor equivalia a 50 bitcoins.
Banco recebeu orientações de não pagar nada
A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil do Distrito Federal, acompanhou toda a negociação com os hackers.
Durante o período de contato dos criminosos com a instituição, agentes da polícia orientaram que nenhum pagamento fosse realizado. Na prática, muitos golpistas recebem os pagamentos e mesmo assim vazam os dados ou continuam as chantagens.
Agora presos, os suspeitos, dois homens, podem pegar até 26 anos de prisão, mais multa. Além da condenação a prisão, o Ministério Público do DF ainda pede que ele paguem 500 mil reais por danos morais coletivos.
Estelionato virtual
O estelionato virtual, também conhecido como fraude eletrônica ou cibercrime, é uma prática criminosa em que os criminosos usam a internet para enganar as pessoas e obter vantagem financeira de forma ilícita.
Para se proteger da prática, algumas ações como evitar clicar em links suspeitos, efetuar downloads de fontes desconhecidas, entre outras mais, podem afastar os criminosos.
Além disso, o uso de senhas fortes e o não compartilhamento de informações financeiras mitigam os danos a vítimas. Por fim, o caso envolvendo o roubo de dados do BRB segue sob apuração.
