Índia bane 9 corretoras de criptomoedas, incluindo Binance e Kucoin

Países ao redor do mundo estão estabelecendo seus quadros regulatórios para a indústria, que procura integrar-se ao sistema financeiro tradicional.

A Índia anunciou uma medida contundente ao banir nove corretoras de criptomoedas, incluindo gigantes do setor como Binance, Kraken e KuCoin. A decisão, liderada pela Unidade de Inteligência Financeira (UIF) do país, visa reforçar as medidas de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

O anúncio, divulgado nesta quinta-feira (28), representa um passo significativo na abordagem da Índia em relação à regulamentação dos ativos digitais. Com a inclusão de outras plataformas populares como Huobi, Gate.io, Bittrex, Bitstamp, MEXC Global e Bitfinex, a UIF quer impedir que os indianos negociem criptomoedas.

A iniciativa segue o mandato de março deste ano, que exigia que todas as empresas de criptomoedas operando na Índia se registrassem na UIF e aderissem às normas estabelecidas pela Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PMLA) de 2002.

Até o momento, 31 provedores de serviços de ativos digitais virtuais (VDA SPs) se registraram na UIF. No entanto, muitas entidades offshore, apesar de atenderem a uma parcela significativa de usuários indianos, permaneceram fora do âmbito do AML e CFT.

Índia bane corretoras de criptomoedas

O movimento da UIF reflete a posição cada vez mais pessimista da Índia em relação às criptomoedas. Enquanto a Ministra das Finanças, Nirmala Sitharaman, apela à colaboração internacional para desenvolver um quadro regulatório abrangente para criptomoedas e blockchain, o Banco Central da Índia mantém uma posição contrária, defendendo uma proibição total das moedas virtuais.

A decisão surge em um momento crucial para o ecossistema global de criptomoedas. Países ao redor do mundo estão estabelecendo seus quadros regulatórios para a indústria, que procura integrar-se ao sistema financeiro tradicional.

A postura da Índia, no entanto, destaca os desafios enfrentados por algumas regiões em adaptar suas leis e regulamentos existentes para acomodar a natureza inovadora e muitas vezes disruptiva das criptomoedas.

Os avisos de conformidade emitidos pela UIF às exchanges estrangeiras refletem uma abordagem mais rígida na supervisão do mercado. Embora a Índia reconheça o potencial da tecnologia blockchain, a falta de um marco regulatório claro e a preocupação com atividades ilícitas, como a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, têm levado a um caminho mais conservador em relação às criptomoedas.

A medida tomada pela Índia também levanta questões sobre o equilíbrio entre a inovação no setor e a necessidade de regulamentação para proteger os interesses dos investidores e a integridade do sistema financeiro.

Enquanto o país avança para implementar regulamentos mais rigorosos, a comunidade global de criptomoedas observa de perto, aguardando os impactos potenciais dessa decisão sobre o mercado global.

Em última análise, a ação da UIF indica uma tendência crescente de regulamentação de criptomoedas na Ásia e em todo o mundo. À medida que mais países se esforçam para estabelecer suas próprias diretrizes e limites no ecossistema cripto, o equilíbrio entre inovação e regulamentação continua a ser um tema central para governos, reguladores e participantes do mercado.

A decisão da Índia de proibir URLs de importantes exchanges internacionais é mais um capítulo na narrativa em constante evolução das criptomoedas no cenário global.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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